Crescem casos de incêndio no perímetro urbano das cidades goianas

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Apenas nos primeiros 12 dias de setembro, o Corpo de Bombeiros registrou mais de 900 chamadas de incêndio no perímetro urbano das cidades goianas. Trata-se de um aumento de mais de 50% em relação ao mesmo período de 2021. Apenas entre o domingo, 11, e a terça-feira, 13, foram notificadas cinco ocorrências de fogo, de média e grande proporções, em diferentes municípios de Goiás.

O mais recente aconteceu nesta terça-feira, 13, em Rio Verde, após uma criança, acidentalmente, colocar fogo no sofá da casa. A mãe, de 18 anos, teve 80% do corpo queimado e precisou ser transferida para Goiânia em estado gravíssimo, segundo informações do marido.

Causas de incêndio

O aumento dos casos de incêndio em residências não tem um fator definido. Apenas após o exame pericial que é possível apontar as principais causas do incêndio, que pode ser causado por irregularidades na instalação da eletricidade, uso indevido de isqueiro e fósforos, e também de velas.

O trabalho pericial é feito pelo Corpo de Bombeiros em conjunto com a Polícia Civil (PC) e Polícia Técnica-Científica, após a ocorrência, com o objetivo de identificar as causas.

Em entrevista ao Diário do Estado, a tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Priscila Batista Pires, afirma que a primeira coisa a se fazer em casos de incêndio é se retirar do local e acionar a corporação.

‘’Evite retornar para buscar documentos e pertences, sendo o melhor a se fazer é sair do local. Não tente apagar as chamas pois, além do fogo, pode ver a inalação da fumaça que também é prejudicial’’ afirmar.

Prevenção

Segundo a tenente-coronel, a melhor forma de prevenir incêndios é verificando a parte elétrica do local, evitando o uso de adaptadores em tomadas que podem causar um curto circuito.

Além disso, em queda de energia é preferível a utilização de lanternas. Em último caso, pode ser usar velas longe de matérias inflamáveis como cortinas, lençóis e roupas, e de preferência em pratos com diâmetro suficiente para cobrir a vela caso ela caia.

‘’O que recomendamos é colocar sob um suporte, dentro de um prato como vidro ou porcelana, e colocar um pouco de água, pois caso essa vela tombe, a chama irá ser apagada. Em caso de crianças, não deixar próximo e evitar dormir com vela acessa.’’ orienta a tenente Priscila.

Em caso de queimaduras, deve-se avaliar o grau da ferida. Caso seja superficial, deve ser lavada em água corrente. Já queimaduras em que a roupa fica colada à pele, evite tirar a roupa e coloque água fria. Além disso, é recomendado acionar o Corpo de Bombeiros pelo 190 e solicitar o socorro.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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