CRF Goiás alerta sobre uso racional de antibióticos

“Além de dificultar o tratamento, isso também pode afetar outras bactérias que ajudam o nosso organismo a funcionar corretamente”

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem registrado altos índices de resistência a antibióticos, caracterizando uma das maiores ameaças à saúde pública. Atenta ao problema, a OMS instituiu a Semana Mundial de Conscientização sobre Antibióticos, que acontece de 12 a 18 de novembro. O objetivo da campanha é aumentar a conscientização global da resistência aos antibióticos. Além de incentivar melhores práticas no trato com esses medicamentos, a fim de evitar o surgimento e disseminação de sua resistência.

Segundo o diretor secretário do CRF-GO, Daniel Jesus, a resistência a antibióticos é uma preocupação social que merece atenção, pois o uso inadequado pode resultar em inúmeros problemas de saúde. “Nós, farmacêuticos, exercemos papel fundamental nesta campanha, pois por meio da orientação profissional podemos alertar sobre a importância dos antibióticos e, principalmente, os riscos à saúde quando administrados incorretamente”, afirma Daniel.

O farmacêutico acrescenta que o uso indiscriminado de antibióticos pode alterar a resistência das bactérias causadoras de doenças e tornar o medicamento ineficaz no seu combate. “Além de dificultar o tratamento, isso também pode afetar outras bactérias que ajudam o nosso organismo a funcionar corretamente”, revela. Quanto ao uso em excesso deste tipo de medicamento, Daniel diz que pode acarretar na mutação de bactérias e, consequentemente, na ação dos medicamentos sobre elas.

Prevenção

Algumas medidas simples podem ser adotadas como forma de evitar o uso de antibióticos, como higienizar as mãos e manter a carteira de vacinação atualizada. Outras ferramentas importantes no enfrentamento à resistência bacteriana é apoiar os profissionais de saúde para escolha adequada do tratamento a ser utilizado. O farmacêutico é o profissional fundamental na promoção do uso racional dos antimicrobianos, pois ele contribui diretamente no tratamento, do início ao fim, e consequentemente na melhoria da assistência prestada ao paciente.

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Hetrin alerta sobre riscos do uso de suplementos vitamínicos sem orientação

A rotina agitada muitas vezes impede refeições equilibradas e hábitos saudáveis, resultando em fraqueza e cansaço. Com a ingestão reduzida de legumes, frutas e verduras, muitos recorrem a suplementos vitamínicos, sem orientação, o que pode trazer riscos à saúde.

Médica do pronto-socorro do Hetrin (Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos), Natália Sardinha alerta sobre os riscos de usar suplementos vitamínicos sem orientação médica, o que pode trazer sérios riscos à saúde.

“A suplementação deve ser considerada apenas quando há uma deficiência diagnosticada, sendo essencial que o médico avalie os sintomas do paciente e, se necessário, solicite exames para confirmar a necessidade de reposição”, orienta a médica da unidade de saúde do Governo de Goiás.

Ela ressalta que, em muitos casos, uma dieta balanceada é suficiente para fornecer os nutrientes essenciais sem a necessidade de suplementação adicional.

Para os idosos, porém, a médica observa que as mudanças fisiológicas, associadas ao envelhecimento, como a alteração do olfato e paladar, podem afetar a alimentação.

“A idade avançada pode aumentar a necessidade de proteínas, reduzir a biodisponibilidade da vitamina D e diminuir a absorção de nutrientes como a vitamina B6, fatores que tornam a avaliação nutricional ainda mais importante”, explica a médica.

Suplementos vitamínicos

O alerta aponta que o uso de vitaminas, sem acompanhamento profissional, pode ser prejudicial.

“O uso excessivo de vitaminas pode, por exemplo, levar à intoxicação, além de afetar órgãos como os rins e o fígado”, pontua Dra. Natália.

Outro ponto preocupante são as recomendações não verificadas nas redes sociais com promessas de benefícios como rejuvenescimento, fortalecimento de cabelo, imunidade e disposição.

“Seguir essas indicações pode levar ao consumo desnecessário de vitaminas, sobrecarregando o organismo”, adverte a médica, reforçando a importância de consultar sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, garantindo segurança e eficácia no tratamento.

 

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