Criação de Ouvidoria Setorial na SSP gera reação negativa dos direitos humanos: duplicidade de órgãos e custos extras em SP

A criação de uma Ouvidoria Setorial pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) tem gerado reação negativa por parte de representantes de defesa dos direitos humanos, que veem uma tentativa de esvaziamento das atribuições da já existente Ouvidoria da Polícia, custo extra para os cofres públicos, bem como uma forma de confundir a população a respeito do órgão que deve receber denúncias sobre policiais civis e militares.

A resolução que cria a “ouvidoria paralela” foi publicada pelo secretário Guilherme Derrite no Diário Oficial de terça-feira (26/11). Será justamente Derrite quem indicará o ouvidor do órgão recém criado, que contará com dois funcionários e um “conselho de usuários de serviços públicos”. A Ouvidoria Setorial vai funcionar no térreo do prédio da própria SSP, que promete “atuação independente”.

Caberá à nova ouvidoria receber elogios, reclamações, sugestões e denúncias, “com exceção das ocorrências policiais que violem os direitos humanos”, que seguem com a Ouvidoria da Polícia.

A Ouvidoria da Polícia se manifestou nessa quinta (28/11) em nota em que aponta atribuições conflitantes e questiona “a quem interessa essa confusão inapropriada e dispendiosa”. O estado de São Paulo tem enfrentado uma escalada na letalidade policial, com diversas denúncias referentes ao abuso cometido pela Polícia Militar, em especial no âmbito das operações Escudo e Verão, na Baixada Santista.

Comandada por Claudio Silva, a Ouvidoria da Polícia também diz que procurou a SSP para reforçar a necessidade de publicação do edital para criação do seu próprio conselho de usuários, algo previsto em lei, mas não houve “resposta conclusiva”.

A Ouvidoria da Polícia já tem por atribuições “receber denúncias, reclamações e representações sobre atos considerados arbitrários, desonestos, indecorosos ou que violem os direitos humanos individuais ou coletivos praticados por servidores civis e militares da Secretaria da Segurança Pública”.

A avaliação também é a de que a medida tomada por Derrite cria órgãos em duplicidade, “com despesas incompatíveis com a austeridade orçamentária tão necessária”.

A criação da Ouvidoria Setorial é alvo de críticas por parte de representantes de grupos de defesa dos direitos humanos, que apontam um esvaziamento do órgão criado em 1995 e regulamentado por lei em 1997, durante a gestão de Mario Covas (PSDB).

O presidente do Condepe diz que o assunto será tema de reunião da entidade no próximo dia 6 e que a acionará o Ministério Público de São Paulo e a Defensoria Pública para que analisem a resolução de Derrite com critérios jurídicos.

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GDF encerra 2024 com muitas contratações e obras concluídas: confira os avanços alcançados

2024 chega ao fim com muitas contratações e obras entregues

De 2019 até novembro deste ano, foram nomeados 33.038 servidores, principalmente nas secretarias de Educação e de Saúde. Todo fim de ano é tradição fazer um balanço de como foram os meses passados e planejar as metas para o novo ciclo. E quem disse que é diferente com os governos? E olha que este GDF tem bastante avanços para comemorar, e, lógico, a população só tem a ganhar com esse empenho. Para começar, de 2019 até novembro de 2024, foram nomeados 33.038 servidores.

Desses, a grande maioria já tomou posse e entrou em exercício. Sendo que as pastas que receberam o maior número de servidores foram a Secretaria de Educação (12.790) e a de Saúde (7.827). Em seguida, estão a Polícia Militar (3.941) e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (1.926). Reafirmando assim o compromisso com áreas fundamentais para a cidade. Ganha a população, ganha o serviço público.

De Saúde

Outro avanço desta gestão, o plano DE Saúde alcançou o marco de 100 mil beneficiários, entre servidores e dependentes, concretizando um dos maiores sonhos do quadro funcional distrital: a assistência suplementar à saúde. Criado há quatro anos pelo Executivo local, o plano chega ao expressivo número mantendo o compromisso com a saúde e o bem-estar de servidores e familiares.

O plano se destaca pela excelência da rede credenciada, que conta com mais de 2 mil prestadores, com os principais hospitais, clínicas, laboratórios, associações médicas e cooperativas do DF e do Entorno.

MAIOR REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL DO BRASIL

Proteger e assegurar direitos sociais à população em vulnerabilidade social, promovendo bem-estar e dignidade para quem mais precisa, são alguns dos principais objetivos do GDF, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF). Reflexo dos esforços contínuos, a rede de proteção social brasiliense é reconhecida como a maior rede de proteção social do Brasil e segue em crescimento. Os investimentos executados anualmente em ações e programas quase triplicaram desde a pandemia, passando de cerca de R$ 347 milhões em 2020 para R$ 935 milhões em 2023. Neste ano, novos recordes devem ser alcançados.

Isso porque a Sedes-DF inaugurou de dois restaurantes comunitários, do 32º Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Distrito Federal e o lançamento de edital que abre até 2 mil novas vagas de acolhimento institucional para pessoas em situação de rua. Inclusive, para reforçar a rede de segurança alimentar da população, esta gestão do GDF quase duplicou o valor investido no fornecimento de alimentação aos restaurantes comunitários. O montante destinado ao setor saltou de aproximadamente R$ 34,8 milhões em 2020 para R$ 67,6 milhões em 2023, chegando a R$ 93,8 milhões em setembro deste ano.

Além disso, hoje, das 18 unidades, já são 11 restaurantes no DF que atendem com a capacidade máxima, servindo café da manhã, almoço e jantar por apenas R$ 2.

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