Criada a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária

Desde ontem a Secretaria de Segurança Pública segue carreira solo para administração dos problemas de segurança pública. A Lei 19.962 criou a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária de Goiás e permite ao Executivo a gestão da vaga prisional, hoje exercida pelo Poder Judiciário. A iniciativa, segundo as autoridades da área, fortalece a estrutura do sistema do Estado, que passa a contar com autonomia administrativa, orçamentária e financeira.

O coronel Edson Costa foi empossado ontem como titular da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) e vem com a missão de resolver o problema no sistema prisional do estado. Assim que assumiu a pasta, o Coronel Edson disse que vai transferir os detentos mais perigosos para os presídios estaduais para evitar novos motins.

“Com essa nova direção, vamos também estratificar a população carcerária. Estamos construindo cinco unidades estaduais e os presos mais perigosos, faccionário e com liderança negativa, vão ser transferidos para essas unidades sem regalia, distantes da família”, disse Costa.

Segundo o responsável pelo órgão, esses presídios estaduais vão copiar o rigor disciplinar dos presídios federais. “Já estamos trabalhando nesse remanejamento, que deve acontecer nos próximos dias. Essa ação é algo estratégico e disciplinar. Já é possível fazer esse remanejamento para unidades em Anápolis e Formosa. E estão em construção presídios também em Novo Gama, Águas Lindas e Planaltina”, explicou.

Tenente-coronel Newton Castilho assume a SEAP. Fotos: Walter Peixoto

O tenente-coronel Newton Castilho, que assumiu ontem a Superintendência Executiva da Secretaria de Segurança Pública e disse que vai agregar as forças de segurança de Goiás.”Com humildade, reconhecemos a capacidade e importância dos servidores da administração penitenciária deste estado. O que a Polícia Militar, Polícia Civil, Poder Judiciário e Ministério Público produzem são custodiados por vocês, do sistema penitenciário”, disse Castilho.

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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