Criança autista arrastada: psicóloga e fisioterapeuta pagaram fiança de R$ 3 mil e foram liberadas
Menino de 8 anos foi arrastado pelos braços e pés após fugir de clínica especializada no DF. Funcionárias foram presas pela PM após denúncia da família da criança.
Criança autista é arrastada por funcionários após fugir de clínica especializada no DF
Uma criança autista de 8 anos foi arrastada pelo braço por funcionários de uma clínica especializada, nesta quarta-feira (21), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), em Brasília.
Durante um atendimento, o menino fugiu da clínica e atravessou as pistas em frente ao prédio. Depois que localizaram a criança, as funcionárias levaram ele a força de volta para a clínica.
Duas funcionárias da clínica suspeitas de arrastarem a criança — uma psicóloga e uma fisioterapeuta — foram levadas pela Polícia Militar para a 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte. Elas pagaram R$ 3 mil cada em fiança para serem liberadas, segundo a Polícia Civil.
Imagens de câmera de segurança do prédio filmaram parte das agressões. As imagens mostram duas funcionárias levando a criança para dentro do prédio. O menino parece resistir, e outros dois funcionários se aproximaram. Uma das mulheres pegou o menino pelas pernas e o arrastou por metros no chão.
A TV Globo entrou em contato com a clínica, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Revoltante caso em que uma criança autista foi arrastada por funcionários de uma clínica especializada no DF. De acordo com relatos, o menino, diagnosticado com espectro autista aos 3 anos, fazia tratamento há mais de 2 anos na clínica. A mãe da criança, Heloísa Cervo, foi avisada sobre o ocorrido por uma amiga.
Segundo Heloísa, a cena foi chocante: “Eu perdi a fala e gelei. Eles só pararam porque a mulher interveio. Ela abraçou ele, conteve ele, com carinho e conseguiram colocar ele para dentro da clínica. É inimaginável. Ele parece um saco de lixo sendo puxado”.
Outra família também relatou uma experiência negativa com a clínica, ressaltando que em fevereiro deste ano seu filho não recebeu a devida atenção dos funcionários. Este é mais um caso que evidencia a importância da qualidade e respeito no atendimento a crianças com necessidades especiais.
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