Criança com síndrome de down leva 23 mordidas em creche de Minas Gerais

Um menino de dois anos com síndrome de down sofreu 23 mordidas provocadas por um outro aluno em uma creche de Luisburgo, próximo a Manhuaçu, na região leste de Minas Gerais. 

A mãe da criança, Maria Aparecida da Silva Pereira, de 41 anos, relatou que ficou apavorada quando recebeu uma ligação do centro educacional informando que o pequeno Arthur estava ferido. O caso ocorreu na última terça-feira, 28, porém só repercutiu nas redes nesta quinta, 2, após ela decidir divulgar o ocorrido.

“A princípio, eles disseram que meu filho tinha se machucado e pediram que eu fosse até lá. Larguei meu trabalho por volta das 14h30 para ir na creche. Eu entrei em desespero quando cheguei e vi o corpo dele todo machucado. A gente jamais pensa que algo assim vai acontecer em um lugar onde as pessoas deveriam cuidar e proteger”, relatou Maria Aparecida.

A mãe informou que os administradores da instituição disseram que o menino estava dormindo junto com outra criança em um dos cômodos. “Foi a faxineira quem viu meu filho machucado e comunicou aos responsáveis pelo local. Uma vizinha aqui na minha rua, que também deixa o filho lá, disse que essa criança tem o hábito de morder as outras.”

Maria Aparecida levou o filho a um pediatra para receber atendimento e foi verificado às 23 mordidas e que apesar de estar sentindo febre não houve nenhum ferimento grave.

Rosto da criança mordida (Arquivo Pessoal)

Conselho Tutelar 

O Conselho Tutelar foi acionado e já encaminhou o caso para o Ministério Público. A conselheira Luziana Ferreira relatou que o caso chamou muita atenção pois Luisburgo é uma cidade muito pequena. “Não é um caso simples, foram várias mordidas. A criança ficou com vários hematomas e isso gerou revolta na cidade. Tem muitas crianças na creche e os pais ficaram muito preocupados”, explicou.

Polícia Civil

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) disse que um boletim de ocorrência foi registrado na última quarta-feira, 1º. Um procedimento policial para apurar se ocorreu alguma negligência por parte dos responsáveis pelos cuidados e vigilância do menor está em curso. 

“As primeiras diligências estão sendo realizadas. A PCMG esclarece que uma equipe, composta por investigadores e perito oficial, se deslocou ao local dos fatos para recolher informações que possam elucidar o caso”, finalizou a Polícia Civil mineira.

Nota da Prefeitura de Luisburgo

A Prefeitura de Luisburgo, por meio da Secretaria de Educação, lastimou o caso e a repercussão que ganhou nas redes sociais, além de também pedir desculpas à família da criança. Eles ainda informaram que estão dando todo o apoio necessário e oferecendo acompanhamento médico e psicológico para as duas crianças envolvidas.

Ainda de acordo com o comunicado, a administração municipal vai adotar a instalação de câmeras de segurança na unidade educacional e pediu aos demais pais que continuem confiando no serviço prestado pela instituição.

Confira a nota completa:

(Reprodução/Prefeitura de Luisburgo)

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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