Última atualização 03/03/2023 | 16:56
Um menino de dois anos com síndrome de down sofreu 23 mordidas provocadas por um outro aluno em uma creche de Luisburgo, próximo a Manhuaçu, na região leste de Minas Gerais.
A mãe da criança, Maria Aparecida da Silva Pereira, de 41 anos, relatou que ficou apavorada quando recebeu uma ligação do centro educacional informando que o pequeno Arthur estava ferido. O caso ocorreu na última terça-feira, 28, porém só repercutiu nas redes nesta quinta, 2, após ela decidir divulgar o ocorrido.
“A princípio, eles disseram que meu filho tinha se machucado e pediram que eu fosse até lá. Larguei meu trabalho por volta das 14h30 para ir na creche. Eu entrei em desespero quando cheguei e vi o corpo dele todo machucado. A gente jamais pensa que algo assim vai acontecer em um lugar onde as pessoas deveriam cuidar e proteger”, relatou Maria Aparecida.
A mãe informou que os administradores da instituição disseram que o menino estava dormindo junto com outra criança em um dos cômodos. “Foi a faxineira quem viu meu filho machucado e comunicou aos responsáveis pelo local. Uma vizinha aqui na minha rua, que também deixa o filho lá, disse que essa criança tem o hábito de morder as outras.”
Maria Aparecida levou o filho a um pediatra para receber atendimento e foi verificado às 23 mordidas e que apesar de estar sentindo febre não houve nenhum ferimento grave.
Conselho Tutelar
O Conselho Tutelar foi acionado e já encaminhou o caso para o Ministério Público. A conselheira Luziana Ferreira relatou que o caso chamou muita atenção pois Luisburgo é uma cidade muito pequena. “Não é um caso simples, foram várias mordidas. A criança ficou com vários hematomas e isso gerou revolta na cidade. Tem muitas crianças na creche e os pais ficaram muito preocupados”, explicou.
Polícia Civil
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) disse que um boletim de ocorrência foi registrado na última quarta-feira, 1º. Um procedimento policial para apurar se ocorreu alguma negligência por parte dos responsáveis pelos cuidados e vigilância do menor está em curso.
“As primeiras diligências estão sendo realizadas. A PCMG esclarece que uma equipe, composta por investigadores e perito oficial, se deslocou ao local dos fatos para recolher informações que possam elucidar o caso”, finalizou a Polícia Civil mineira.
Nota da Prefeitura de Luisburgo
A Prefeitura de Luisburgo, por meio da Secretaria de Educação, lastimou o caso e a repercussão que ganhou nas redes sociais, além de também pedir desculpas à família da criança. Eles ainda informaram que estão dando todo o apoio necessário e oferecendo acompanhamento médico e psicológico para as duas crianças envolvidas.
Ainda de acordo com o comunicado, a administração municipal vai adotar a instalação de câmeras de segurança na unidade educacional e pediu aos demais pais que continuem confiando no serviço prestado pela instituição.
Confira a nota completa: