Criança de 3 anos é internada após ataque de pit-bull em Paraguaçu Paulista(SP)

Criança de 3 anos é internada após ser ferida em ataque de pit-bull

Pit-bull atacou a criança em uma rua do bairro Vila Nova, em Paraguaçu Paulista,
interior de SP. Responsáveis pelo cão não foram encontrados

São Paulo — Uma criança de três anos foi internada após ser gravemente ferida
por um cachorro da raça pit-bull, na tarde desta segunda-feira (25/11), em
Paraguaçu Paulista, no interior de São Paulo.

O ataque ocorreu em uma rua do bairro Vila Nova. De acordo com a Polícia Civil,
a criança foi encaminhada para uma
unidade de saúde na cidade e, em seguida, transferida para um hospital em
Marília, também no interior. O estado de saúde dela não foi informado.

Agentes da Polícia Civil e do setor de Zoonoses foram ao local do ataque para
tentar identificar os responsáveis pelo animal, mas ninguém foi localizado.

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A resistência dos ricos à perda mínima de ganhos: a luta de classes em ação

A resistência dos ricos e muito ricos à perda mínima dos seus ganhos tem sido um ponto de atrito constante na sociedade. Aqui, observamos a clássica luta de classes em ação. O dito “mercado” financeiro detesta Lula, certo? Uma pesquisa da Genial-Quaest que ouviu 102 operadores do “mercado” no Rio e São Paulo mostrou que 98% deles acreditam que a economia irá piorar, 90% não confiam no governo e 85% são contra a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até cinco salários-mínimos.

Para o diretor da Quaest, Felipe Nunes, os números expressam a reação do “mercado” ao pacote de corte de gastos do governo apresentado pelo ministro Fernando Haddad, da Fazenda. Entre os entrevistados, 86% acreditam que Lula está preocupado com sua popularidade e 29%, com o equilíbrio das contas públicas. A avaliação do Congresso também piorou, segundo Nunes, e uma possível explicação para isso é que o “mercado” acredita que a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil acabará sendo aprovada, mas o aumento da tributação para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, não.

Por “mercado financeiro”, entendam-se os gestores, economistas, analistas e operadores de fundos de investimento. De fato, eles detestam Lula, mas não só ele. Detestam qualquer governante que tente fazer do Brasil um país menos desigual cobrando sacrifícios do andar superior, por menores que sejam os sacrifícios. A abolição do sistema escravagista brasileiro foi uma das últimas do mundo a ser implementada e ocorreu apenas em 13 de maio de 1888, o que nos deu o título de último país da América Latina a acabar com a escravidão. Os que mandavam no Brasil diziam que o fim da escravidão prejudicaria a economia – uma falácia.

Quando Getúlio Vargas assinou em 1943 a Consolidação das Leis do Trabalho, os ricos e muito ricos igualmente se opuseram e pela mesma razão. Assim como se opuseram em 1962 à criação do 13º salário, reivindicação dos trabalhadores que pressionaram o Congresso por meio de greves e abaixo-assinados. Foi João Goulart, o vice que assumiu o poder depois da renúncia do presidente Jânio Quadros em 1961, que promulgou a lei do 13º salário. Dois anos depois, os militares se juntaram à direita e aos falsos liberais para derrubar Goulart, o presidente das reformas, que preferiu abandonar o país a provocar um banho de sangue.

O dito “mercado” não seria contra a isenção da cobrança de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil se isso fosse feito às custas de cortes de despesas com programas que atendem aos pobres e aos muito pobres. Mas o governo quer taxar quem tem renda superior a R$ 600 mil por ano e paga menos que isso. Aí está o cerne da questão. Os imexíveis querem continuar sendo imexíveis para sempre e resistem a qualquer proposta que mexa com seus privilégios. É a velha “luta de classes”, meu bem, por mais que a expressão amaldiçoada tenha caído em desuso.

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