Criança de 4 anos é espancada por pai e madrasta em Olinda e levada a hospital com queimaduras de cigarro
Segundo o Conselho Tutelar, vizinhos disseram que viram a madrasta agredindo a vítima e lincharam a mulher, que conseguiu fugir com o marido.
Uma menina de 4 anos foi socorrida após ser espancada em Olinda. Segundo o Conselho Tutelar, vizinhos denunciaram que o pai e a madrasta agrediam a criança, encontrada com vários hematomas e queimaduras de cigarro pelo corpo. Além disso, ela estava mancando, tinha mau hálito e apresentava sinais de subnutrição, pesando cerca de 12,5 quilos.
De acordo com a instituição, a vítima foi resgatada depois que os vizinhos ouviram o choro e os gritos dela. Ao arrombarem a porta da residência, os moradores da comunidade disseram que viram a madrasta agredindo a menina e lincharam a mulher, que fugiu com o pai da menina. Os nomes dos envolvidos não serão divulgados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
O caso aconteceu no domingo (31), no bairro de Peixinhos. Ao DE, a conselheira tutelar Claudia Roberta contou que, segundo testemunhas, os agressores bateram a cabeça da menina contra a parede. Após o resgate, os vizinhos ligaram para a tia materna da criança, que a levou para a Policlínica Amaury Coutinho, no bairro da Campina do Barreto, na Zona Norte do Recife.
Mas, devido à gravidade dos ferimentos, a paciente precisou ser transferida para o Hospital da Restauração (HR), na área central da cidade, onde passou por avaliação neurológica e ortopédica.
O DE entrou em contato com o HR para confirmar o estado de saúde da criança, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
A conselheira tutelar disse, ainda, que a menina confirmou que sofreu as agressões por parte do pai e da madrasta ao ser ouvida no hospital. Segundo ela, foi a Polícia Civil que acionou o Conselho Tutelar após receber as denúncias dos vizinhos.
De acordo com o boletim de ocorrência, ao qual o DE teve acesso, a tia da criança informou que a mãe dela já é falecida e relatou um histórico de violência e maus-tratos praticados pelo pai e pela madrasta contra a menina. Conforme o documento, o caso foi registrado como maus-tratos e lesão corporal por violência doméstica. Procurada, a Polícia Civil disse que abriu um inquérito para apurar o caso.
Procurado, o TJPE informou que as ações relacionadas ao Direito de Família tramitam em segredo de Justiça e não pode se pronunciar sobre o caso.