Criança de 5 anos é morta após ser usada como escudo humano, em Catalão

Foto mostra a criança de 5 anos que foi usada como escudo humano e acabou morta com um tiro na cabeça

Uma criança de apenas 5 anos morreu nesta segunda-feira, 22, após ser baleada na cabeça durante disputa entre facções rivais, em Catalão. Ana Clara Magioto Gonçalves, estava internada no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) desde a última sexta-feira, 19, após ter sido usada como escudo humano por um primo, que seria o alvo do ataque realizado em uma residência no Bairro Evelina Nour II.

Além da criança, uma adolescente, de 15 anos, também serviu de escudo para o primo, sendo atingida por dois tiros na barriga e tendo o pulmão perfurado. Depois de serem atingidas pelos criminosos, as meninas foram transferidas em um avião do Corpo de Bombeiros para a capital, ainda na sexta-feira, devido à gravidade do estado de saúde. 

A jovem, no entanto, segue internada no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e passa bem. Ela passou por uma cirurgia na madrugada de sábado, 20, e agora deve ser transferida para o Hospital Santa Casa de Misericórdia de Catalão.

Prisão e busca 

O atentado foi cometido por quatro homens que chegaram à residência das vítimas em duas motos, segundo a Polícia Militar (PM). Assim que avistaram o alvo no interior da casa, os criminosos começaram a atirar. O primo das vítimas, que são irmãs, conseguiu sair ileso e fugiu pelo telhado da casa. 

Dois dos quatro suspeitos foram presos no mesmo dia, no Bairro Primavera, e acabaram confessaram a autoria do crime. Porém, a polícia segue buscando os demais envolvidos, além do primo das duas vítimas que foram usadas como escudo. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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