Criança de 7 anos torturada até a morte é enterrada em São Paulo

Segunodo informações do G1, o corpo do menino Carlos Henrique Santos do Carmo, de 7 anos, torturado até a morte em Avaré (SP), foi velado e enterrado na manhã desta quinta-feira (5), em Pardinho (SP). O padrasto dele foi preso suspeito do crime.

O corpo chegou do Instituto Médico Legal (IML) de Avaré por volta de 7h30 e o velório começou logo em seguida. A criança foi velada pelo pai, com quem Carlos Henrique morava, amigos e familiares. O enterro ocorreu às 10h30, no Cemitério Municipal da cidade.

De acordo com a Polícia Militar, uma equipe fazia patrulhamento pelo bairro quando encontrou Carlos Henrique caído próximo à casa da mãe e do padrasto, enquanto uma vizinha tentava reanimá-lo.

Ao ser questionado pelos policiais sobre o que havia ocorrido, o padrasto, Dione Teixeira dos Reis, de 28 anos, alegou que o menino tinha se engasgado com pão e leite, que havia comido no café da manhã.

A PM informou ainda que, após os médicos constatarem que o menino estava com diversos hematomas pelo corpo, inclusive nas partes íntimas, os policiais voltaram para a casa do padrasto e lá encontraram o irmão da vítima com os dois olhos roxos, queimaduras de cigarro e muitos machucados pelo corpo.

O suspeito foi preso em flagrante. A mãe dos meninos também foi levada à delegacia para prestar depoimento, mas foi liberada depois de alegar que estava no trabalho e não sabia das agressões.

Ao G1, o delegado responsável pelo caso, Levon Torossian, informou que a tortura das crianças era feita por meio de “esganadura, socos, choques com fios elétricos, e o menor foi submergido em um balde de água no sentido de afogamento”.

Segundo as informações do boletim de ocorrência, os policiais apreenderam dois cabos de energia pretos, um balde vermelho, um par de luvas e um porrete de madeira na casa do suspeito, na zona rural. Os objetos foram periciados.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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