Bala perdida mata criança de 9 anos no Recife; tiroteio atingiu ainda outro menino, de 4 anos, na perna
Vítimas foram atingidas durante troca de tiros no bairro do Burity, na Zona Norte da cidade, na rua em que moravam.
Entrada do Hospital Otávio de Freitas, no Recife, onde a criança de 4 anos está internada. — Foto: Reprodução/TV Globo
Duas crianças, uma de 4 e a outra de 9 anos, foram atingidas por balas perdidas quando estavam na rua de casa, no bairro do Burity, na Zona Norte do Recife. A criança mais velha não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. A de 4 anos, que é autista, está internada com uma bala alojada na perna esquerda. O caso aconteceu na noite da sexta-feira (10).
De acordo com a mãe de uma das crianças, que preferiu não ser identificada, o tiroteio começou por volta das 21h15, quando elas voltavam para casa após participarem de um culto. Ao ouvirem os disparos, tentaram se abrigar na casa de uma vizinha.
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As vítimas foram levadas por uma vizinha até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Descoberta, também na Zona Norte. Segundo a mãe de uma das crianças, depois dos primeiros socorros, a criança de 9 anos foi transferida para o Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, mas não resistiu e faleceu durante a cirurgia. Ela teve o pulmão perfurado pelo projétil.
A outra criança foi encaminhada ao Hospital Otávio de Freitas (HOF), em Tejipió, na Zona Oeste do Recife, onde passa por cirurgia neste sábado (11).
Procurado, o Hospital Otávio de Freitas disse que a criança de 4 anos está em estado estável, sob acompanhamento da equipe multiprofissional, e aguarda a realização de um procedimento cirúrgico.
O DE também procurou o Hospital da Restauração para saber outras informações sobre a vítima de 9 anos, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Disputa na comunidade
De acordo com a responsável por uma das crianças, moradores da região contaram que a troca de tiros pode ter sido motivada por uma briga entre grupos pelo tráfico de drogas.
“A polícia foi lá na UPA e escutou a gente. Eu e ela [a mãe da outra criança]. Apareceu o delegado também, porque como foi bala, né? (…) Conseguiram prender um e o outros fugiram. (…) Brigas entre grupos, né, por causa de tráfico de drogas”, contou.
O DE procurou a Polícia Civil e a Polícia Militar para saber mais detalhes sobre a ocorrência e investigação, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
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