A pequena Sofia Gabriele, de 2 anos, abriu o olho pela primeira vez nesta quarta-feira, 22, depois de ficar seis dias com o olho grudado com cola Super Bonder.
Sofia passou por tratamento ocular nesta terça, 21, no Hospital de Base do Distrito Federal e precisou remover todos os cílios do olho direito que estavam pregados pelo Super Bonder. Segundo a família da menina, o procedimento era considerado delicado, por existir riscos de lesionar a córnea. Agora, a menina terá que seguir o tratamento com um oftalmologista para evitar sequelas.
“Está sendo um grande alívio. Perceber que ela não teve sequelas após quase uma semana sendo negligenciada, é uma grande vitória. Tudo que nós queríamos era que ela ficasse bem”, comemorou Banita Garcia, madrinha de Sofia.
Relembre o caso
O acidente aconteceu na última quinta-feira, 16, enquanto Sofia brincava em casa, no P Sul, em Ceilândia. Naiane de Souza, mãe da menina, iniciou os primeiros socorros lavando a região atingida. Logo depois, a mãe de Sofia ligou para o Serviço Móvel de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que a levou para o Hospital de Base.
A equipe médica avaliou a situação e instruiu a mãe a voltar para casa e lavar os olhos da criança com compressas de água morna e refrigerante Coca-Cola.
Somente depois de passar por avaliação em uma clínica especializada, a mãe da menina descobriu que a filha precisaria passar por um procedimento cirúrgico no olho direito.
Após a acusação de negligência, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) responsável pela gestão do Hospital de Base informou em nota que a equipe oftalmológica realizou o corte de alguns cílios da criança que ainda permaneciam colocados.
“O procedimento seria realizado ainda ontem, 20 de junho, porém, a mãe forneceu alimentação à criança, contrariando a orientação médica, o que impossibilitou a sedação da paciente para que o procedimento fosse feito”.
O Hospital de Base de Brasília ainda destacou que todo o tratamento realizado desde o dia do incidente, garantiu o sucesso do tratamento ocular realizado no dia 21.
“A criança não possui lesão ocular e não corre risco de perder a visão em razão do incidente. Sobre a indicação de cirurgia prescrita pelo Hospital Regional da Asa Norte, ela foi considerada, entretanto, condutas médicas podem ser mudadas a qualquer momento de acordo com a evolução do estado do paciente no momento da avaliação”, finalizou a nota.