Criança vai para o hospital após madrasta mandar comer lagartixa

Uma criança de 11 anos encontra-se em estado grave após ser forçada por sua madrasta a comer uma lagartixa morta. O chocante incidente ocorreu em Formosa, no entorno do Distrito Federal. O garoto foi levado ao hospital público da região no sábado, 11, quase uma semana após a ingestão.

Em relato à polícia, o pai afirmou que deixou a criança sob os cuidados da madrasta e da sogra. Elas teriam matado o animal e oferecido frito para que o garoto comesse. O homem confirmou o ocorrido por mensagem de WhatsApp, alegando não ter estado presente no momento do incidente.

Segundo relato da mãe da criança, a madrasta teria assegurado ao garoto que comer lagartixas era comum no passado e não causaria problemas. Entretanto, o menino começou a passar mal no dia seguinte. A mãe buscou atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) por duas vezes durante a semana, sendo encaminhada de volta para casa.

Diante da piora, ela procurou o hospital, onde a criança foi diagnosticada com grave infecção intestinal, provavelmente causada por uma bactéria.

O caso foi registrado na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Goiás, que instaurou um inquérito para investigar os fatos. As suspeitas enfrentarão acusações nos termos do artigo 132 do Código Penal, que diz respeito a expor a vida ou a saúde de alguém a perigo direto e iminente. As penas variam de três meses a um ano.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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