Menino de 8 anos atacado por pitbull em condomínio de Monte Mor diz que ainda
não consegue pisar no chão: ‘Dói muito’

Enzo levou pontos em diferentes regiões da perna. Pai diz que o tutor do animal
não procurou a família após o acidente.

Crianças ficam feridas após ataque de pitbull em condomínio de Monte Mor

O menino de 8 anos atacado por um cão da raça pit bull em um condomínio de Monte
Mor (SP),
no último sábado (21), diz que ainda não consegue pisar no chão. Ele levou
pontos em diferentes regiões da perna e conta que ainda enfrenta muitas dores.

Enzo Gabriel da Cruz Bertolino relata que o acidente ocorreu quando ele deixava
o parquinho do condomínio. Além dele, o animal também causou ferimentos em duas
meninas de 7 e 3 anos. Elas receberam atendimento médico e foram liberadas.

“Eu saí do campo e fui no parquinho procurar meu pai, aí eu não vi ele. Fui
embora beber água e voltar. Eu vi o cachorro vindo e fiquei com medo. Eu corri.
Me esquivei dele, mas não deu. Ele me atacou”, comentou o garoto.

O pai Carlos Alberto Bertolino diz que o tutor não procurou a família desde o
ocorrido. De acordo com a polícia, o caso foi registrado como lesão corporal e
omissão de cautela de animal. O homem deve responder em liberdade. A EPTV,
afiliada da TV Globo, tenta localizá-lo para pedir um posicionamento.

“Em nenhum momento ele veio falar com a gente, pedir desculpas, que é o mínimo,
querer se responsabilizar. Querendo ou não, o cachorro depende de um tutor. O
tutor não veio falar com a gente, não se responsabilizou de nada. Até agora a
gente não teve contato com ele, só na delegacia”.

O ATAQUE

De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi chamada ao
condomínio e, chegando lá, os agentes viram moradores segurando o pitbull e o
dono do cão. Os moradores disseram à PM que o cachorro havia mordido três
crianças.

Elas foram levadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Amanda, em
Hortolândia (SP). Na UPA, os pais das meninas relataram que estavam voltando do parquinho do
condomínio e, quando chegaram ao hall, o cachorro as atacou, até que o pai
conseguiu afastá-lo.

Depois, os policiais conversaram com o pai de Enzo. As famílias terão até seis
meses para representar criminalmente contra o tutor do cachorro.