Criança de dois anos e bebê de seis meses morrem carbonizados dentro de casa, em Nerópolis

Duas crianças morreram carbonizadas na noite desta segunda-feira, 12, em Nerópolis, região Metropolitana de Goiânia. De acordo com testemunhas, as meninas, uma de dois anos e outra de seis meses, estavam em um cômodo sem na parte interna da casa onde elas moravam, que não tem energia elétrica. A vela que iluminava o local caiu e as chamas se espalharam rapidamente.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a mãe das meninas estava cozinhando em um cômodo externo e teria ido até à igreja que fica em frente à casa no momento em que aconteceu a tragédia.

Uma das filhas dela saiu correndo para avisar a mãe, que, imediatamente, tentou salvar as outras duas meninas, identificadas como Gabriela da Silva Ferreira e Juliana da Silva Ferreira.

Testemunhas disseram que a mulher tentou apagar as chamas com balde de água. Os vizinhos também tentaram ajudar até que o Corpo de Bombeiros chegasse, mas não conseguiram.

Quando os militares chegaram, se depararam com um pequeno foco de incêndio, mas o ambiente estava com muita fumaça. Eles combateram as chamas e foram informados, em seguida, que haviam duas crianças no local. No entanto, ambas já estavam carbonizadas.

Ainda segundo os militares, no local, onde as crianças estavam, haviam duas camas e muitas roupas. O que teria feito com que as chamas se espalhassem rapidamente.

Veja o vídeo:

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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