Crianças que denunciaram professor em Caldazinha serão ouvidas por especialistas

Depois de denunciar o professor de educação física por abusos sexuais ocorridos durante aulas em uma escola pública de Caldazinha de Goiás, as três alunas, de 10 anos, deverão ser ouvidas pela Polícia Civil (PC), nesta terça-feira (31), com o auxílio de uma psicóloga. As crianças relataram a agressão sexual por parte do educador, após participarem de uma palestra na unidade de ensino, realizada na semana passada.

“O professor que está afastado da escola será ouvido depois das vítimas e todas as testemunhas. Amanhã  as vítimas vão ser ouvidas na DEAM, com o auxílio de uma psicóloga. O caso foi noticiado após uma das vítimas tomar coragem e contou para a mãe, que procurou o Conselho Tutelar. O Conselho Tutelar noticiou os fatos na delegacia que agora está apurando o caso. À principio, estamos tratando o caso como estupro de vulnerável”, disse a delegada Gabriela Souza de Moura, responsável pelo caso.

Denúncia

As estudantes relataram a violência para os responsáveis, que imediatamente procuraram o Conselho Tutelar de Caldazinha. De acordo com o órgão, as meninas contaram que o homem deu tapas nas suas nádegas, além de ter tocado os seios e pernas. O caso foi registrado pelo Conselho na tarde da última quinta-feira (26), e em seguida, elas foram encaminhadas para a delegacia.

O órgão esteve na escola em que as meninas estudam e receberam a informação da diretoria de que, horas antes, as meninas haviam contado o que aconteceu à coordenação, e que o professor havia sido afastado do cargo.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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