O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alertou que o crime organizado tem utilizado fundos de investimento para lavar dinheiro nos Estados Unidos e está importando armamentos de origem americana ilegalmente. O assunto foi levado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e deve entrar nas negociações com o presidente Donald Trump. As revelações surgiram após o MPSP realizar uma megaoperação contra o Grupo Refit, suspeito de causar um prejuízo de R$26 bilhões aos cofres públicos.
A Operação Poço de Lobato tem como alvo 190 empresas e pessoas ligadas à companhia, suspeitos de integrarem organização criminosa e de praticarem crimes contra a ordem econômica e tributária, incluindo lavagem de dinheiro. O Refit é apontado como um dos maiores devedores de impostos do Brasil, movimentando mais de R$70 bilhões em um ano usando empresas próprias, fundos de investimento e offshores para ocultar lucros.
Segundo os auditores da Receita, a empresa usava uma exportadora fora do Brasil para blindar lucros e evadir impostos. As denúncias de Haddad destacam a gravidade dos crimes do grupo no setor de combustíveis, alertando para a necessidade de medidas rigorosas para combater a lavagem de dinheiro e a importação ilegal de armas. O envolvimento do crime organizado em transações ilegais nos EUA preocupa as autoridades brasileiras e será um tema central nas negociações bilaterais com os Estados Unidos.
O escândalo envolvendo o Grupo Refit reforça a urgência de investigações mais aprofundadas sobre as práticas ilícitas que alimentam o crime organizado. Haddad ressaltou a importância de cooperação internacional para combater a lavagem de dinheiro e o tráfico de armas, evidenciando a complexidade e o alcance das atividades ilegais promovidas por grupos criminosos. As revelações do ministro põem em destaque a necessidade de ações coordenadas entre países para enfrentar essa ameaça global.




