Crimes sem solução: assassinato do mestre Cicinho completa um ano no Ceará

Após um ano do assassinato do mestre Cicinho, o crime ainda permanece sem solução no Ceará. Mestre Cícero Frank Severino da Silva foi morto a tiros na calçada de sua casa no dia de reis em 2024. O inquérito policial não conseguiu identificar suspeitos do homicídio, levando o Ministério Público a solicitar a reabertura das investigações.

Há um ano, na madrugada do dia de Reis, o mestre de reisado Cícero Frank Severino foi assassinado enquanto organizava as apresentações de reisado em Juazeiro do Norte, Ceará. Até o momento, a família de Cicinho não obteve avanços significativos na investigação e julgamento dos responsáveis pelo crime.

O mestre Cicinho, de 44 anos, foi atingido por quatro disparos enquanto organizava um trono para as apresentações do Reisado Manoel Messias, sendo socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Limoeiro, onde infelizmente chegou sem vida. Ele deixou para trás sua esposa e quatro filhos.

A Polícia Civil do Estado do Ceará finalizou o inquérito e o encaminhou para a Justiça, porém o Ministério Público solicitou diligências complementares após a conclusão do órgão em sugerir o arquivamento do caso. A Secretaria de Cultura de Juazeiro do Norte está em diálogo com os órgãos de segurança para solucionar o crime.

Mestre Cicinho era uma figura atuante em Juazeiro do Norte, mantendo viva a tradição do reisado através de atividades de formação com seus alunos e brincantes. Mestre Damião Ferreira Lima, do reisado São Damião, destacou a importância e o legado deixado por Cicinho na cultura local.

José Messias Silva, mestre do reisado Santa Luzia, expressou sua angústia diante da falta de respostas em relação ao assassinato de Cicinho, destacando a importância de justiça para o caso. O crime permanece sem solução, enquanto a comunidade local clama por respostas e por punição dos culpados.

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Estudo aponta níveis elevados de substância nociva na água de Jericoacoara: alarmante situação revelada.

Substância nociva na água da vila de Jericoacoara é 11 vezes acima do tolerado, aponta estudo

Uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) em colaboração com a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FCE) revelou que a água da vila de Jericoacoara apresenta níveis elevados de nitrato. O estudo, conduzido entre os anos de 2022 e 2023, identificou concentrações até 11 vezes superiores ao limite permitido pelas autoridades sanitárias.

O excesso de substância nociva na água pode causar malefícios e até mesmo levar à morte, caso consumida em excesso. Embora o nitrato seja natural no ciclo de nitrogênio do corpo humano, o consumo em níveis elevados pode acarretar problemas de saúde, como dificuldade no transporte de oxigênio aos tecidos, diminuição da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, dores abdominais, vômitos e, em casos mais graves, cianose e óbito.

A pesquisa analisou amostras coletadas bimestralmente de água subterrânea de poços particulares e da água fornecida pela distribuição pública na vila de Jericoacoara. Os resultados apontam que os níveis de nitrato consistentemente ultrapassaram o limite estabelecido pelo Ministério da Saúde, de 10 miligramas por litro. Nos poços particulares, as concentrações chegaram a ser mais de 11 vezes superiores ao permitido, enquanto na água distribuída os valores médios superaram em mais de seis vezes o padrão legal.

De acordo com o pesquisador responsável pelo estudo, Edmo Rodrigues, o problema se agrava durante os períodos de seca, quando a concentração de nitrato na água aumenta significativamente. O consumo prolongado dessa água pode acarretar diversos problemas de saúde para a população local, com riscos aumentados para os residentes em comparação com os turistas que visitam a região.

A vila de Jericoacoara, conhecida por ser um destino turístico de renome nacional e internacional, atrai milhares de visitantes, especialmente durante as férias de janeiro. A presença de nitrato na água potável pode gerar preocupações para o setor, que depende da reputação de Jericoacoara como um local paradisíaco e seguro. A Cagece, responsável pela distribuição de água na região, assegurou que mantém um rígido monitoramento da qualidade da água, em conformidade com os padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

A companhia afirmou que qualquer variação nos parâmetros da água é prontamente tratada por meio de ajustes no sistema de tratamento, limpeza de poços e diluição da água. Além disso, estão sendo investidos R$ 51 milhões em obras de infraestrutura para aprimorar as redes de água e esgoto em Jericoacoara, que já conta com uma cobertura de esgoto de 93,8%.

É fundamental que medidas preventivas e corretivas sejam implementadas para garantir a segurança e a saúde dos moradores e visitantes de Jericoacoara, assegurando que a água fornecida atenda aos padrões de qualidade estabelecidos. A conscientização sobre os riscos do consumo de água contaminada é essencial para promover a preservação do meio ambiente e a saúde pública na região.

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