Criminosos explodem agências bancárias no interior de São Paulo

Câmeras de segurança registraram momento de tensão em Paraibuna, interior de São Paulo, quando criminosos atacaram duas agências bancárias durante a madrugada desta quinta-feira, 30. A agência do Banco do Brasil, localizada na rua Major Ubatubano, e a da Caixa Econômica Federal, na praça Monsenhor Ernesto Almírio Arantes, foram alvos de explosões.

Moradores foram surpreendidos pelo barulho das explosões, que ocorreram por volta das 3h30. As imagens revelam a intensidade da explosão na agência do Banco do Brasil. Os criminosos, em pelo menos três carros, conseguiram roubar dinheiro, embora a quantia não tenha sido divulgada pela polícia. Um homem armado foi avistado no local após o incidente.

As autoridades agiram rapidamente, com a presença do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) de São Paulo, que isolou as áreas para investigação e possível identificação de bombas. A polícia apreendeu uma mochila no Banco do Brasil, buscando pistas que possam levar à identificação dos criminosos.

Os assaltantes fugiram pela Rodovia dos Tamoios em direção a Caraguatatuba, utilizando pelo menos dois veículos no crime. Até o momento, nenhum criminoso foi capturado.

O Banco do Brasil informou que a agência danificada não funcionará hoje, orientando os clientes a buscar atendimento em agências de São José dos Campos e Caçapava. A Caixa Econômica Federal ainda não se pronunciou sobre as explosões.

Este não é o primeiro episódio do gênero em Paraibuna, que nos últimos dez anos enfrentou ao menos outros cinco ataques a bancos. A cidade permanece em alerta diante da recorrência desses crimes.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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