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Criminosos fingem ser do Banco do Brasil e aplicam golpe de R$ 430 mil em médico goiano

Última atualização 05/09/2022 | 16:34

Um médico goiano levou golpe de R$ 430 mil, após ter os dados bancários roubados por um grupo de estelionatários que se passavam por funcionários do Banco do Brasil. Segundo Marcos Borges de Oliveira, uma golpista entrou em contato com ele por telefone no mês de junho, alegando ser da Livelo (empresa vinculada à instituição financeira). 

Durante o diálogo, a mulher contou que a vítima teria um valor na casa dos R$ 4 mil para receber devido há um acúmulo de pontos no banco. Entretanto, para receber o valor, Marcos precisaria ir até uma agência para realizar uma operação de resgate na conta. 

Desconfiado, o médico conta que deixou de responder a mulher que insistia para que ele fosse ao banco. Porém, no dia seguinte, um outro golpista, desta vez um homem, também encaminhou uma mensagem para ele. Com a logotipo do banco no perfil do aplicativo de conversas, o criminoso disse para Marcos que o sistema havia entrado em alerta, além de reforçar que o prazo para resgatar o dinheiro estava chegando ao fim.

“Resolvi ir ao banco para fazer o resgate. Ele (golpista) me disse que até 10h do dia seguinte o dinheiro já estaria na conta. Porém, no mesmo dia recebi notificações de movimentos irregulares na minha conta. Ao perceber o que estava acontecendo, mudei as minhas senhas e bloqueei os meus cartões”, explicou. 

Dor de cabeça 

Marcos diz que para chegar a quantia de R$ 430 mil, os criminosos realizaram compras por meio dos cartões de crédito, além de realizarem transferências na casa dos R$ 900. Parte do valor, inclusive, era uma herança do homem, já a outra parte da quantia consistia em aplicações bancárias. 

Ao todo, os criminosos levaram três dias (09, 13 e 15 de junho) para aplicar o golpe, sendo preciso 121 transferências bancárias para 11 diferentes contas, conforme Marcos. O caso agora é investigado pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos de Goiás (DERCC), onde o médico registrou um boletim de ocorrência no final de junho.

“Mesmo depois de realizar o bloqueio dos meus cartões e mudar a senha das minhas contas com a ajuda do banco, os criminosos continuaram fazendo saques. Depois de tudo, o banco me informou que iria ressarcir a quantia roubada pelo grupo, mas isso ainda não se concluiu”, explicou.

Posicionamento 

Em nota, o Banco do Brasil informou que mantém estrutura dedicada à prevenção a fraudes e apta a detectar a atuação de fraudadores por meio de sistemas e soluções de segurança. A instituição financeira disse ainda que os ambientes de atendimento são monitorados pela Central de Segurança do Banco e quando é identificada a atuação de golpistas, o banco aciona as autoridades policiais.

Documentos mostram transferências realizadas pelos criminosos em nome do médico. (Foto: Arquivo pessoal)