Crise de eczema deixa jovem irlandesa sem enxergar por dois dias

Uma jovem da Irlanda relata ter ficado hospitalizada e sem visão devido à uma debilitante doença de pele. Beatrice Gauca sofre de eczema desde o nascimento, frequentemente causando erupções cutâneas entre suas articulações. Atualmente com 22 anos, Beatrice compartilhou sua jornada com a pele no TikTok (@beatrice_gauca), conquistando mais de 41.200 seguidores.

Aos 20 anos, a condição se espalhou para o rosto dela, naquela que foi uma das piores crises de sua vida, resultando em sua hospitalização. O eczema é um tipo de dermatose caracterizada pela inflamação aguda ou crônica na pele que resulta em sintomas como ressecamento, coceira, inchaço, bolhas e vermelhidão na pele, podendo acontecer em qualquer pessoa, em qualquer idade, mas são mais frequentes nas crianças.

“Na minha pior crise, meu rosto inchou, crostas começaram a se formar ao redor dos meus olhos e perdi minha visão por dois dias, já que meu olho estava lacrado”, disse a instrutora de ginástica infantil. “Eu não tinha mais pele no meu rosto, pois havia descascado, e senti uma forte sensação de queimação. Foi uma das experiências mais dolorosas e traumáticas da minha vida.”

A crise de Beatrice continuou a piorar, levando-a ao hospital, onde permaneceu por duas semanas. Os médicos realizaram aproximadamente cinco biópsias para tentar descobrir o que estava errado com ela. Ela diz que os especialistas atribuíram seus sintomas a um surto de eczema.

“Fui muito emotiva durante esse período, achei que nunca mais teria minha pele facial de volta ao normal. Pensei que ficaria marcada para o resto da vida. Sentia que não tinha ninguém para recorrer em busca de conforto ou apoio. A maioria da minha família estava no exterior visitando meu avô, que estava gravemente doente na época, o que me deixou ainda mais para baixo, pois eu não podia vê-lo, já que também estava no hospital.”

“Claro que falava com minha família todos os dias por telefone e eles me ajudaram muito em relação a me manter forte e a ter fé de que eu me recuperaria, mas o apoio virtual e o conforto são muito diferentes de uma interação pessoal.”

Desde sua estadia no hospital, Beatrice se recuperou totalmente e aprendeu a aceitar sua condição de pele. Agora, ela segue uma dieta rigorosa para diminuir os efeitos da doença e não permite que as crises a afetem mentalmente.

“Antes de aprender a aceitar minha condição de pele, o eczema teve um grande impacto na minha saúde mental e vida social. Parei de sair para ver amigos, até mesmo de sair quando tinha a menor crise, pois estava tão envergonhada na época e não queria que ninguém visse o que eu estava passando. Mas estou muito melhor agora, mental e fisicamente.”

“Fiz uma grande mudança em relação à dieta e agora minha alimentação consiste em vegetais verdes saudáveis, frutas e legumes, óleo de peixe e uma pequena dose de líquido de colágeno todos os dias. Cortei completamente o trigo, o glúten e os laticínios da minha dieta e, desde a mudança na rotina, não sofri com uma crise desde então.”

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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