Crise do San Lorenzo: dívidas, falência e presidente expulso após morte do Papa

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Dívidas, falência e presidente expulso: entenda crise do San Lorenzo no ano da morte do Papa

O clube tem até domingo para quitar uma dívida de 4,4 milhões de euros e enfrenta a possibilidade real de falir no mesmo ano em que se despediu de seu torcedor mais ilustre, o Papa Francisco. A paixão do pontífice pelo futebol e seu amor pelo San Lorenzo são conhecidos em todo o mundo. A crise financeira abateu-se sobre o clube argentino, que, mesmo tendo sido campeão da Libertadores em 2014, hoje vive à margem do protagonismo do futebol local, com uma situação que se agravou em 2025.

A situação delicada do San Lorenzo não é recente. Em 2020, o clube precisou adiantar o valor da transferência do atacante Adolfo Gaich ao CSKA Moscou, da Rússia, devido a problemas financeiros. O presidente da época, Marcelo Tinelli, fez empréstimos milionários para tentar sanar as finanças do clube, mas nenhum deles foi pago conforme acordado. A dívida com o fundo AIS Investment Fund se arrasta há anos, e a justiça determinou o pagamento imediato sob pena de falência.

A morte do Papa Francisco este ano trouxe consigo uma crise interna no clube. O presidente Marcelo Moretti, envolvido em escândalos e afastado do cargo, foi expulso pelos torcedores depois de uma batalha judicial que tentou reinstaurá-lo no cargo. Sua gestão foi considerada encerrada após a renúncia de treze dirigentes e protestos da torcida que culminaram com atos de violência contra o dirigente.

Em meio a esse cenário turbulento, o San Lorenzo precisa lidar também com a pressão em campo. Com resultados pouco expressivos e a ausência de competições internacionais em 2025, o clube viu seu caixa ser ainda mais afetado. Atualmente ocupando a sexta posição no Grupo B do Clausura do Campeonato Argentino, o time terá um jogo decisivo contra o Atlético Tucumán na próxima segunda-feira, tentando garantir uma vaga nos mata-matas.

Para tentar virar o jogo em todos os aspectos, o San Lorenzo precisa resolver suas questões financeiras urgentemente. A dívida ainda paira sobre o clube como uma ameaça iminente, e o prazo para a quitação se encerra neste domingo. Sem a solução dessa pendência, o clube corre sérios riscos de ter um destino trágico e assistir, de camarote, sua própria falência no mesmo ano em que se despediu de um dos seus maiores ícones, o Papa Francisco.

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