Crise hídrica: MP vistoria manancial de abastecimento de Senador Canedo

A equipe do Diário do Estado relatou nesta quinta-feira (16) denúncias de moradores da Vila Santa Matinha, em Senador Canedo, pela falta de abastecimento hídrico no setor. Eles  se reuniram para comprar dois caminhões pipas no valor de R$2.400,00 para abastecer suas casas. O jornal foi chamado para ouvir esses moradores que estão há mais de uma semana sem água.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) vistoriou ainda ontem a captação do Rio Bonsucesso,
principal manancial de abastecimento municipal. O rio teve seu volume aumentado em 20 vezes dentro do plano emergencial, conforme esclarecido à promotora de Justiça Marta Moriya Loyola durante a visita.
A promotora, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Senador Canedo, também esteve na área do reservatório de 1 milhão de litros d’água que colapsou. Ficou definido que será entregue novo reservatório em quatro meses. A obra integra o Consórcio Sul, por meio do qual se pretende aumentar a distribuição, com o objetivo de atender 20 mil novas unidades consumidoras e um passivo existente na região.
Conforme pondera a promotora, embora venham ocorrendo falhas pontuais, o Plano Emergencial está sendo executado e a previsão de sua conclusão é em 30 de outubro. “Todos esses problemas estruturais são complexos e têm de ser resolvidos mediante planejamento. Assim, fizemos o diagnóstico e temos de cumprir etapas, sob pena de dar uma solução apenas pontual, de curto prazo, que pode acabar agravando ou perpetuando o problema”, esclareceu, Marta Moriya.
Problemas de interrupção de água podem ser comunicados ao MP
A promotora destaca ainda que problemas de interrupção de água podem ser comunicados ao Ministério Público. Além da apresentação de denúncia por meio do MP Cidadão (acesso por este link), as reclamações podem ser enviadas para o WhatsApp da 2ª Promotoria de Justiça de Senador Canedo: (62) 3512-8907.
Texto: Cristina Rosa/Assessoria de Comunicação Social do MPGO

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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