Crise no Flamengo: vetos e impasses na gestão repercutem no cenário do clube

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A crise atual no Flamengo, envolvendo o diretor executivo de futebol José Boto, atingiu seu ápice na última segunda-feira, com o veto de Bap à contratação de Mikey Johnston. Esta não é a primeira vez que um presidente muda os planos acordados no Ninho do Urubu. O ge relembra outros vetos que ocorreram nos últimos anos.

O caso mais marcante, por ser o mais recente, foi o de Gabigol, em 2023. A diretoria do Flamengo desejava renovar o contrato do atacante por cinco anos, mas a assinatura foi travada por pressões internas, especialmente do presidente Rodolfo Landim. O alto valor previsto no novo vínculo e a justificativa do declínio esportivo do jogador foram os motes utilizados.

Em 2022, Andreas Pereira viveu uma situação semelhante. O volante belga naturalizado brasileiro estava prestes a ser adquirido pelo Flamengo, mas uma série de questionamentos surgiram nos corredores da Gávea. A ação do Banco Central e a pressão da torcida fizeram com que Landim postergasse a decisão, levando a um impasse que resultou no fim das negociações.

Em fevereiro de 2021, foi a vez de Rafinha, que desejava retornar ao Flamengo após rescindir seu contrato com o Olympiacos. No entanto, um aval financeiro do clube foi necessário para avançar, e o veto do presidente Landim foi comunicado durante um jogo no Maracanã. A alegação foi de que não havia espaço no orçamento para a contratação, com a perda de receitas devido à pandemia sendo citada como motivo.

Quanto ao caso de Mikey Johnston, o atacante do West Bromwich foi vetado após a proposta de contrato de quatro anos aceita por ele desagradar pessoas do clube, que questionaram o valor envolvido na negociação. Apesar do departamento médico alegar histórico de lesão do jogador, a última ocorrência foi em março de 2022. O veto do presidente Bap à contratação ocorreu após repercussão negativa.

Em meio a esses vetos e impasses, o Flamengo enfrenta um momento de instabilidade e desgaste político em sua gestão, refletindo as tensões internas entre o Ninho do Urubu e a Gávea. A pressão de dirigentes, conselheiros e torcedores influentes tem influenciado as decisões dos presidentes, que muitas vezes são obrigados a recuar em acordos já encaminhados, gerando turbulências no cenário do clube.

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