Cruzeiro iguala pior campanha do clube em um turno no Brasileiro e vê planejamento sob risco
O Cruzeiro está muito perto de não conseguir a classificação para a Conmebol Libertadores de 2025. Chega à última rodada dependendo de combinação de resultados para conseguir G-8, após passar todo o Brasileirão no pelotão de cima. Situação que é explicada pela campanha no returno, que representa um recorde negativo para o clube.
Após fazer campanha de G-4 no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro conquistou apenas 16 dos 54 pontos disputados e, se não somar diante do Juventude, na rodada final, terá a pior campanha da história do clube em um turno da Série A com 20 equipes (desde 2006).
Até o momento, a campanha do segundo turno de 2024 se iguala apenas ao returno do Brasileirão de 2011, quando o Cruzeiro escapou do rebaixamento com goleada sobre o Atlético-MG, na última rodada, e finalizou a competição com 43 pontos.
O número deste ano, até o momento, é pior até mesmo do que a edição de 2019, quando o Cruzeiro foi rebaixado pela única vez na história. Naquele ano, foram 18 pontos somados em cada uma das metades do torneio. O time teve Mano Menezes praticamente em todo o primeiro turno. No segundo, passaram pelo clube Abel Braga, Rogério Ceni e Adilson Batista.
Neste ano, a campanha do primeiro turno, que sustenta o Cruzeiro sem risco de rebaixamento e ainda com chance de ir à Libertadores foi conduzida por Fernando Seabra – foram 33 pontos em 19 rodadas. Ele também dirigiu a equipe nas oito primeiras rodadas do returno, com apenas 37,5% de aproveitamento neste recorte.
Se a queda de desempenho já era visível com Seabra, no segundo turno, a situação de resultados ficou ainda pior com Fernando Diniz, que somou apenas sete (uma vitória, quatro empates e cinco derrotas) dos 30 pontos na competição, com 23,3% de aproveitamento.
A campanha do Cruzeiro no returno é a sexta pior entre os 20 times da competição, acima apenas do já rebaixado Cuiabá e de quatro times que lutam contra o rebaixamento: Bragantino, Criciúma, Athletico-PR e Atlético-MG. O Atlético-GO, já rebaixado, somou mais pontos que a Raposa neste recorte.
Diante deste cenário, o planejamento para 2025 fica sob risco. O objetivo da nova direção, que assumiu a SAF em abril, era classificar o time para a próxima Libertadores, visando mais receitas para um ano que é prometido ainda mais investimentos.