Cruzeiro controla inteiramente o Galo em mais uma vitória no clássico
Fora da semifinal desde 2019, Raposa chega pela 12ª vez em sua história a esta fase da Copa do Brasil
O Cruzeiro confirmou o favoritismo sobre o seu maior rival e não tomou conhecimento do Atlético Mineiro na noite desta quinta-feira, no Mineirão. Repetiu os 2×0 do clássico disputado na Arena MRV há duas semanas, e contou novamente com o poder de decisão de Kaio Jorge, que chegou a 20 gols na temporada. O Atlético foi pouco produtivo ofensivamente e repetiu falhas defensivas.
A principal delas esteve na bola parada aérea. O Galo sofreu vários gols em escanteios e faltas laterais recentemente. Não foi diferente desta vez. Os dois tentos cruzeirenses tiveram essa origem. Trabalho para Sampaoli, que alterou bastante a formatação da equipe, mas não obteve o ”fator novo” desejado pela diretoria para mudar a história do confronto.
Leonardo Jardim confirmou as escalações de Fabricio Bruno e Kaio Jorge em sua força máxima possível. Jorge Sampaoli, em sua reestreia no Galo, preservou Alan Franco e barrou Natanael. Fausto Vera atuou como zagueiro ao lado de Lyanco e Alonso. Gabriel Menino e Alexsander foram os volantes. Cuello e Arana os alas. Scarpa e Igor Gomes se aproximaram mais de Hulk.
O jogo
Buscar reverter uma desvantagem de dois gols na casa do arquirrival em melhor fase já não é algo simples. Se o adversário abre o placar em apenas quatro minutos então, a situação fica ainda mais complicada. O Atlético precisou lidar com esse panorama assim que a pelota rolou no Mineirão. Levou mais um gol em bola parada aérea.
Fabricio Bruno se desvencilhou de Fausto Vera e escorou a falta cobrada por William. Christian dividiu com Everson e Arana, e Kaio Jorge marcou o seu 19º tento em 2025. O Cruzeiro não entrou em campo com a vantagem embaixo do braço. Teve muito menos a bola em relação ao Atlético ao longo da 1ª etapa, mas não se postou tão atrás para marcar.
Variou bem a altura do bloco para combater. Por vezes subia pressões com um dos homens de lado de campo auxiliando Kaio Jorge e Matheus Pereira na vigília ao trio que iniciava os ataques alvinegros. Lucas Silva e Lucas Romero também se projetavam para inibir os passes para Gabriel Menino e Alexsander. Em outros momentos, a Raposa combatia com mais afinco dentro do próprio campo.
O Galo tinha Cuello e Arana sempre muito bem abertos. Igor Gomes e Scarpa tentando trabalhar nas costas dos volantes cruzeirenses. Quando a bola batia nos pés de um dos quatro, os donos da casa eram agressivos e neutralizavam qualquer combinação buscada pelo Atlético. Na sequência saíam em velocidade. Puxaram ótimas transições, mas erraram na hora do último passe.