Cuba: Uma pessoa morreu e 100 foram presas durante protesto

O Ministério do Interior de Cuba confirmou a morte de um homem na periferia de Havana. Segundo estimam ativistas, ao menos 150 pessoas foram presas e outras estão desaparecidas na ilha. As manifestações começaram no domingo em diversas cidades do país.

Aos gritos de “liberdade” e “abaixo a ditadura”, milhares foram às ruas contra o governo. O líder de Cuba, Miguel Díaz-Canel, afirma que os protestos acontecem por problemas causados pelas sanções econômicas aplicadas pelos EUA. O presidente Joe Biden diz que o povo “exige sua liberdade de um regime autoritário”.

Segundo a CNN, estes são os maiores protestos na ilha em décadas. Os cubanos reclamam da falta de alimentos e remédios enquanto o país passa por uma grave crise econômica agravada pela pandemia de Covid-19 e as sanções dos Estados Unidos.

Em San Antonio de los Banos, uma cidade de cerca de 46 mil habitantes a oeste de Havana, centenas de cubanos saíram às ruas no domingo, depois de quase uma semana de cortes de eletricidade durante o calor escaldante de julho.

“Todo mundo estava nas ruas”, disse um morador, que não quis se identificar, à CNN. “Eles passaram seis dias com apenas 12 horas de energia por dia. Essa foi uma das razões”.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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