Cuéllar, volante do Grêmio, decidiu abrir o jogo sobre os bastidores de sua saída do Flamengo em 2019, revelando que se sentiu usado durante a negociação. A saída turbulenta do jogador ocorreu durante a campanha que culminou no título da Libertadores pelo time carioca. Neste domingo, ambos os clubes se enfrentam pelo Brasileirão em um duelo que promete trazer à tona feridas extracampo.
O volante colombiano explicou que recebeu propostas da Arábia Saudita e do Bologna, da Itália, demonstrando seu desejo de jogar na Europa. No entanto, o Flamengo recusou a oferta do clube italiano e pressionou Cuéllar a aceitar a proposta mais lucrativa dos clubes árabes. Diante da pressão, o jogador sentiu que não tinha liberdade para decidir seu destino e acabou cedendo às exigências do Flamengo.
A situação se intensificou quando Cuéllar foi afastado do time por cerca de 20 dias por insistir em sua vontade de jogar na Europa. O jogador afirmou que a pressão por parte do clube o fez se sentir desprezado e desrespeitado. Além disso, teve seu número de telefone exposto, sofrendo com mensagens ofensivas por parte dos torcedores, o que colaborou para um ambiente hostil e desagradável.
Apesar de ter disputado a maioria dos jogos da campanha vitoriosa da Libertadores em 2019, Cuéllar revelou que não recebeu a medalha de campeão. Ele atribuiu a atitude a uma birra por parte do então vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz. O jogador destacou que, mesmo após a turbulência no Brasil, foi campeão da Champions Asiática pelo Al Hilal, clube que escolheu depois de deixar o Flamengo.
Agora no Grêmio, Cuéllar busca retomar sua sequência após uma lesão e se prepara para reencontrar o Flamengo neste domingo, às 16h, no Maracanã. O jogador tenta deixar para trás os conflitos passados e focar em seu futuro no novo clube. A partida promete ser intensa não apenas pela rivalidade em campo, mas também pela carga emocional envolvida na história de Cuéllar com o ex-clube.