CUFA entra na linha de frente no combate ao mosquito da dengue em Goiás

Anápolis, Águas Lindas de Goiás e Trindade. Essas são as próximas três cidades que vão receber o apoio da Central Única das Favelas em Goiás (CUFA GO) no combate ao mosquito da dengue no Estado. A última ação foi realizada no sábado (6), em setores de Senador Canedo, região metropolitana da capital. Em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde, foram vistoriadas 5 mil residências em três setores da cidade.

A campanha contou com ajuda de profissionais especializados em endemia, que conscientizaram os moradores sobre os focos do mosquito da dengue. Além disso, voluntários da CUFA entregaram sacos de lixo e retiraram entulhos que poderiam ser criadouros.

Voluntários esperam agora confirmação das próximas cidades que receberão o projeto. Foto: Divulgação/CUFA

Segundo o vice-presidente da organização, Anderson Carlos, a alta na taxa de contaminação é algo alarmante para o estado.

”Sabemos que o crescimento da dengue no Estado atravessou os 900% e isso é muito agravante, e nos deixou em estado de alerta” diz o vice-presidente. ”Resolvemos procurar Prefeituras para iniciar o trabalho, ao lado de diversas pessoas para retirar entulhos e focos do mosquito. E acredito que isso ajudará na diminuição da contaminação”

O Estado de Goiás registrou um aumento de 215% no número de casos da dengue, em comparação ao ano passado. No último mês, quatro mortes foram confirmadas pelo estado e outros oitos óbitos seguem em investigação.

A organização aguarda agora a confirmação de outras cidades para também praticarem a ação.

 

Veja vídeo da ação:

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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