Cuidado com as crianças deve ser redobrado nas férias

Cuidado com as crianças deve ser redobrado nas férias

Com o início das férias escolares, é comum que as crianças passem mais tempo em casa e também em ambientes de lazer, como clubes e parques. Por isso, é preciso redobrar a atenção para evitar acidentes como queimaduras, intoxicações, afogamentos, quedas e atropelamentos.

O alerta é da Secretaria da Saúde, que orienta pais e responsáveis sobre cuidados que podem ser adotados para evitar que o período de descanso se transforme em pesadelo.

Capitão Peres, do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás (CBMGO), orienta manter portas e gavetas de armários e guarda-roupas bem fechadas. Produtos tóxicos e materiais perfurocortantes devem ficar em locais inacessíveis para as crianças.

Segundo ele, o comportamento dos pequenos é imprevisível. “A criança pode estar quietinha no quarto e resolver andar pela casa, explorar áreas de lazer e ambientes ao redor”, ressalta.

O capitão cita ainda o perigo das panelas no fogão, pois podem causar contusões e/ou queimaduras, caso sejam puxadas pela criança.

“Os cabos devem sempre estar virados para dentro do fogão”, reforça. Ele cita ainda o cuidado para quem tem áreas de lazer com piscinas.

“O Corpo de Bombeiros não fiscaliza residências unifamiliares, mas orienta deixar piscinas isoladas e com grades de proteção”, explica. Em caso de emergência, o Corpo de Bombeiros pode ser acionado pelo telefone 193.

No Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), de janeiro de 2020 até este mês, foram realizados 2.201 atendimentos de crianças envolvidas em algumas das situações mencionadas acima.

A grande maioria sofreu queda, com 2.081 registros, 113 foram atropeladas, cinco sofreram afogamento e duas, intoxicação.

Já devido ao seu perfil, o Hospital Estadual da Criança e do Adolescentes (Hecad) soma mais de 1,3 mil casos apenas neste ano. Desse total, a maior parte (582) envolve acidente com algum corpo estranho (como grãos de cereal inseridos no ouvido, por exemplo), seguido de traumas que ocasionaram algum tipo de lesão e/ou fratura (563).

Um dos casos mais recentes no Hecad é o do Heitor, de 6 anos, trazido de Varjão para passar por cirurgia no braço direito. A mãe, Lúcia de Fátima Moreira, conta que o menino quebrou o braço enquanto brincava em um escorregador da creche que frequenta.

“Estou sempre atenta, e nas férias ficarei ainda mais, não deixo ele sozinho, e nem ir pra rua”. contou.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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