Metanol: PE registra mais dez casos suspeitos, com três mortes; outros oito são descartados e 32 seguem em investigação
Óbitos foram registrados em Pombos, Caruaru e Cumaru. Desde 30 de setembro, estado acumulou 58 suspeitas de intoxicação associada ao consumo de bebidas adulteradas.
Casos confirmados de intoxicação por metanol em Pernambuco estão associados à ingestão de bebida alcoólica — Foto: Reprodução/TV Globo
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, em boletim divulgado na noite desta segunda-feira (13), que registrou mais 10 casos suspeitos de intoxicação por metanol em Pernambuco. Com as novas notificações, o estado totaliza 58 casos suspeitos desde 30 de setembro.
Entre as novas notificações divulgadas pela SES, estão três mortes, sete pacientes internados e dois que já receberam alta. Outros oito casos foram descartados, incluindo uma pessoa moradora de São Paulo. Com a atualização do boletim, o número de casos em investigação subiu de 30 para 32.
Segundo a SES, os dez novos casos são: um paciente que morreu, de Pombos, na Zona da Mata Norte; um paciente que morreu, de Caruaru, no Agreste; um paciente que morreu, de Cumaru, no Agreste; dois pacientes que já receberam alta, do Recife; um paciente internado, de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife; um paciente internado, de Ipojuca, no Grande Recife; um paciente internado, de Carpina, na Zona da Mata; um paciente internado, de Salgueiro, no Sertão; um paciente internado, da Paraíba.
TRÊS CASOS CONFIRMADOS
Garrafas tinham 300 vezes mais metanol do que permitido, diz perito
Também nesta segunda-feira (13), Pernambuco confirmou os três primeiros casos de intoxicação por metanol. As vítimas são três homens moradores de Lajedo, no Agreste. Dois morreram e outro ficou com sequelas oculares.
De acordo com o perito criminal Rafael Arruda, do Instituto de Criminalística, exames laboratoriais mostraram que a bebida consumida pelas vítimas tinha concentração de metanol 300 vezes acima do limite legal (veja vídeo acima).
Em um dos casos, a quantidade da substância no sangue era cinco vezes maior que o nível recomendado para iniciar o tratamento.
Na época em que os homens foram internados, a polícia informou que havia indícios de que as vítimas consumiram uísque comprado em um caminhão que passou por Belo Jardim, no Agreste do estado, para revenda.
CUIDADOS COM O CONSUMO DE DESTILADOS
A SES recomenda que a atenção seja redobrada com relação ao consumo de bebidas alcoólicas destiladas, como vodca, gin, cachaça e uísque, por causa do risco de adulteração com substâncias tóxicas.
Entre as orientações aos consumidores, a Apevisa reforçou que é recomendado: comprar bebidas alcoólicas em estabelecimentos licenciados pela Vigilância Sanitária; observar se o lacre da garrafa está intacto; conferir se o rótulo apresenta fabricante, teor alcoólico, composição, datas de fabricação e validade; procurar o registro de 13 dígitos do Ministério da Agricultura, exigido para todos os produtos alcoólicos. Para comerciantes, a recomendação é redobrar o cuidado na escolha de fornecedores. Preços muito abaixo do mercado podem ser indício de adulteração.
Nos bares e restaurantes, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) sugere que o cliente peça para ver a garrafa da dose que será servida.
Já em relação às bebidas prontas, como drinks, a recomendação é consumir apenas em locais licenciados e acompanhados pela Vigilância Sanitária.
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