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Cúpula da campanha de Caiado considera inaceitável apoio de aliados a Marconi

Última atualização 26/08/2022 | 16:22

O movimento de apoio simultâneo a Ronaldo Caiado (União Brasil), ao governo de Goiás, e a Marconi Perillo (PSDB), para o Senado, observado nos últimos dias, não tem ao aval do Palácio das Esmeraldas. Fontes próximas ao atual governador afirmam que ele rechaça qualquer iniciativa neste sentido.

A base de Caiado não tem interesse nessa eventual aproximação, até mesmo por contar com nomes de peso na disputa para o Senado, candidatos com real capacidade de derrotar Marconi nas urnas. Nesta sexta-feira, 26, inclusive, o candidato a vice-governador, Daniel Vilela (MDB), e o coordenador-geral da campanha, Lissauer Vieira (PSD), entraram no circuito desautorizando iniciativas que associem Caiado ao tucano.

O que aconteceu nos últimos dias

Aliados do ex-governador tucano decidiram criar o movimento batizado de ROMA, em alusão às iniciais dos nomes de Ronaldo e Marconi. Para o grupo de Caiado, a iniciativa isolada de integrantes do PSDB, sobretudo de prefeitos, não é vista como um problema, já que o governador não teria como intervir na iniciativa de uma legenda de oposição e é natural que eles apoiem o candidato do partido deles.

Porém, a cúpula da campanha à reeleição enxerga de forma negativa a adesão de candidatos e lideranças de partidos da base. O principal motivo é que Caiado passou os últimos anos destacando as ações responsáveis de seu governo, em contraponto às irregularidades cometidas nos mandatos do PSDB em Goiás.

O ex-secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, que lançou dobradinha com Marconi em Palmeiras de Goiás, foi duramente criticado pela coordenação da campanha caiadista. “Ele foi infeliz e precipitado. Passa uma mensagem ruim, de que não tem lado”, critica um dos nomes mais próximos ao governador. A mesma fonte lembra que Caiado já disse publicamente que não tem conversa e nem acordo com Marconi.

Além disso, a avaliação de Caiado e de seus articuladores políticos é de que a eleição para o Senado está completamente aberta. De acordo com a pesquisa Ipec/TV Anhanguera, divulgada nesta quinta-feira, 25), Marconi lidera com 24%, seguido por Delegado Waldir (União Brasil), com 18%. Os dois estão tecnicamente empatados no limite da margem de erro de 3 pontos porcentuais.

O grupo vê também que Alexandre Baldy (PP) e Vilmar Rocha (PSD) têm perspectivas de crescimento, já que, historicamente, a eleição para o Senado é a última na qual o eleitor define o voto.

Reprovação

Além do governador, a primeira-dama Gracinha Caiado, que lidera uma das frentes da campanha à reeleição, também demonstrou descontentamento com a adesão de aliados ao movimento ROMA. A coluna Giro, de O Popular, informa que a primeira-dama teria avaliado como “absurdo” e inaceitável que prefeitos da base participem de tal movimento.

O candidato a vice-governador, Daniel Vilela, presidente do MDB estadual, entrou em contato com lideranças da sigla reprovando um eventual apoio a Marconi, ainda que de forma individual.