Curitiba decreta luto de três dias pela morte do papa Francisco: autoridades paranaenses lamentam a perda e relembram seu legado

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Curitiba decreta luto de três dias pela morte do papa Francisco; autoridades
paranaenses lamentam a perda

Luto oficial é um simbólico, utilizado pelos governos para celebrar a história
de alguma personalidade. Ele não muda funcionamento do comércio, escolas ou
repartições públicas.

O papa Francisco acena em imagem de 2 de setembro de 2023 em Ulan Bator,
capital da Mongólia — Foto: Alberto Pizzoli/AFP

O prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), decretou
três dias de luto na capital paranaense pela morte do papa Francisco, que
faleceu aos 88 anos nesta segunda-feira (21),
depois de 12 anos de papado.

Na homenagem, Pimentel afirmou que a humildade e bondade de Francisco inspirou
católicos e pessoas de diferentes nações e religiões.

“Que seu exemplo nos ilumine”, afirmou o prefeito.

O luto oficial é um ato simbólico, utilizado pelos governos para celebrar a
história de alguma personalidade. Ele não muda o funcionamento do comércio,
escolas ou repartições públicas.

Nas redes sociais, o ex-prefeito de Curitiba, Rafael Greca, também homenageou
papa Francisco, o chamando de “o primeiro papa verdadeiramente cristão”. Ele
lembrou de quando apresentou iniciativas da capital paranaense para o pontífice.

“Entre os senhores da guerra, foi o maior artífice e defensor da paz. […] Nós
o visitamos para falar sobre Segurança Alimentar e Nutricional de Curitiba.
Encantou-se com nossas Mesas Solidárias, nossas Hortas Comunitárias, nossos
Restaurantes Populares. Ficou emocionado com a Cidade Ecológica e Inteligente
que Curitiba é. Mas quem nos tornou melhores foi ele. Nosso mestre jesuíta
ensinou até o fim. Ontem ainda se fez mostrar ao mundo, sinal de mansidão e
doçura, compaixão e misericórdia. Entra no Céu o primeiro papa cristão”,
afirmou.

Rafael Greca ao lado do papa Francisco — Foto: Redes Sociais

Londrina, no norte do Paraná, também decretou três dias de luto pelo falecimento
do papa.

“Com profundo pesar e reverência, recebemos a notícia do retorno à Casa do Pai
de Sua Santidade o papa Francisco. Pastor humilde, homem da paz e voz dos
pobres, ele iluminou o mundo com a ternura de Cristo e o vigor do Evangelho. Em
nome de nossa cidade, curvamo-nos em oração, agradecendo a Deus pelo dom de sua
vida e pelo testemunho de fé, amor e esperança que nos deixa como legado.
‘Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé’ (2Tm 4,7). Que o
Senhor o acolha em Sua infinita misericórdia”, disse o prefeito Tiago Amaral.

Outras autoridades paranaenses lamentaram a morte do papa Francisco.

O governador do estado, Ratinho Junior (PSD), destacou ensinamentos do religioso
aplicados à política.

“A sua partida deixa um vazio no peito daqueles que defendem o bem ao próximo, a
caridade, a compaixão e o amor. O Papa nos ensinou que a ‘política é acima de
tudo a arte do encontro’. Ele lembrava sempre que ‘este encontro é vivido
acolhendo o outro e aceitando sua diferença, num diálogo respeitoso'”, afirmou.

Dois senadores do Paraná lamentaram a morte. Sergio Moro (União Brasil) publicou uma foto do papa
e destacou que o pontificado de Francisco foi marcado pelo carisma pessoal e
lições de humildade e fraternidade.

Flávio Arns (PSB), afirmou que
espera que os ensinamentos do papa “ecoem em nós e permaneçam vivos por toda a
eternidade.

Elizabeth Schmidt (União Brasil), prefeita de Ponta Grossa,
nos Campos
Gerais do Paraná, afirmou que o mundo amanheceu mais silencioso.

“Francisco foi uma luz em tempos sombrios. Um homem de fé firme, que nos guiou
com palavras de esperança e gestos concretos de compaixão. Seu exemplo
continuará vivo entre nós, especialmente em cada ato de solidariedade e
justiça”, homenageou.

O prefeito de Foz do Iguaçu, General Silva e
Luna (PL), disse que Francisco
marcou o mundo como “exemplo de simplicidade e compaixão”.

Francisco se recuperava de uma pneumonia nos dois pulmões
após ficar internado por cerca de 40 dias. Há um mês, ele teve alta e estava sob
cuidados médicos.

A primeira hospitalização foi no início de fevereiro. Nos dias seguintes, o papa
começou a ter dificuldades para discursar durante audiências religiosas. Ele
admitiu publicamente que estava com dificuldades respiratórias e chegou a pedir
para um auxiliar fazer a leitura do sermão.

No dia 14 de fevereiro, o papa foi internado no hospital Agostino Gemelli para
fazer exames e tratar a bronquite. Mesmo hospitalizado, ele continuou
participando de algumas atividades religiosas. No domingo (16), ele pediu
desculpas por faltar à oração semanal com fiéis na Praça de São Pedro.

Na segunda-feira (17), o Vaticano informou que Francisco estava com uma infecção
polimicrobiana — causada por um ou mais microrganismos, como bactérias, vírus ou
fungos.

Papa Francisco deixa legado de transformação na Igreja Católica

Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, na Argentina, Jorge Mario
Bergoglio, o papa Francisco, foi o primeiro papa latino-americano da história.

Ele também foi o primeiro pontífice da era moderna a assumir o papado após a
renúncia do seu antecessor e, ainda, o primeiro jesuíta no posto.

À frente da Igreja Católica por quase 12 anos, Francisco foi o papa número 266.

Em 13 de março de 2013, durante o segundo dia do conclave para eleger o
substituto de Bento XVI, Bergoglio foi escolhido como o novo líder – inclusive
contra a sua própria vontade, segundo ele mesmo admitiu.

A Igreja Católica deve se reunir nas próximas semanas para decidir quem será o
novo papa.

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