Curta goiano vence Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

A animação ‘A Menina Atrás do Espelho’, do diretor goiano Iuri Moreno, levou o prêmio Grande Otelo de Melhor Curta-Metragem em Animação, no 22° Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, o ‘Oscar brasileiro’. O evento foi realizado na última quarta-feira, 23, no Rio de Janeiro. A produção recebeu apoio do Fundo de Arte e Cultura (FAC) – Edital 2017, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), no valor de R$ 60 mil.

O diretor ressalta a importância desse incentivo para o setor: “É fundamental que o FAC se fortaleça cada vez mais para fomentar o cinema e toda a indústria artística. O cinema produzido em Goiás ganha cada vez mais força com a valorização e incentivo, o audiovisual tem muito potencial para levar a cultura e artistas goianos para o Brasil e para o mundo”.

O curta-metragem goiano traz como protagonista Helena, uma pré-adolescente trans que se tranca em seu quarto por medo de um monstro que a ameaça do lado de fora. Até que surge atrás do espelho uma nova realidade, onde esse monstro não existe e ela é livre para ser quem quiser. A história aborda a importância do acolhimento e aceitação das diferenças, promovendo uma mensagem poderosa de respeito e amor ao próximo. A produção é da Caolha, produtora audiovisual.

Para a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, ver produções audiovisuais goianas ganhando destaque nacionalmente e mundialmente é uma realização. “Garantir que o cinema goiano seja destaque é um dos maiores objetivos no audiovisual e o FAC é o que podemos oferecer para ajudar na fomentação deste setor tão importante para o Governo de Goiás”.

Política de incentivo
O Fundo de Arte e Cultura de Goiás é um dos principais mecanismos de incentivo à produção cultural no estado. Permite um grande avanço na política cultural goiana, tornando-a mais democrática e plural. O benefício abrange os mais diversos segmentos artísticos, como os da música, literatura, teatro, dança, cinema, cultura popular, patrimônio, museus e outros.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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