Custo com vítimas por armas de fogo equivale a quase 1 milhão de mamografias

Custo com vítimas por arma de fogo no SUS equivale a quase 1 milhão de mamografias

Custo com vítimas por armas de fogo equivale a quase 1 milhão de mamografias

O tratamento de vítimas de violência armada custou R$ 41 milhões para manter mais de 17 mil internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 2022. É o que revela o levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz, “Custos da Violência Armada: Gastos da saúde pública com atendimento de vítimas de arma de fogo”. 

De acordo com a pesquisa, esse valor gasto com vítimas de arma de fogo no ano passado é equivalente ao custo da realização de  mais de 934 mil mamografias, mais de 10 milhões de hemogramas completos e mais de 40,5 milhões de testes rápidos de IST’s pelo SUS. 

O estudo revela que o Brasil teve uma taxa de 8 internações a cada 100 mil habitantes em decorrência de ferimentos por armas de fogo. As regiões Norte e Nordeste são as que têm as maiores porcentagem de vítimas por arma de fogo,  respectivamente, 13,9% e 10,9%.

Entretanto, o Centro-Oeste e o Norte foram as regiões com maiores aumentos em relação a 2021, 12% e 2%, respectivamente. 

Perfil das vítimas de armas de fogo atendidas pelo SUS

A maior parte das vítimas atendidas pela rede pública de saúde é formado por homens, 89,6%, contra 10,4% de vítimas mulheres. Além disso, homens são também as vítimas que ficam internadas por maior período de tempo, o que aumenta o custo da internação. 

Quanto às outras características das vítimas de arma de fogo atendidas pelo SUS estão idade e cor. O levantamento indica que a maior parte das vítimas é formada por jovens, entre 15 e 29 anos, e negros, 57% das vítimas. 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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