Cuteleiro de Sorocaba se destaca com espadas vikings e escudos templários: ‘Cultura e história em aço’

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De espada viking a escudo templário, cuteleiro de Sorocaba se destaca com peças inusitadas: ‘Cultura e história’

Artesão de Sorocaba (SP) chama a atenção por transformar aço em objetos diferentes como espada viking e escudo e peitoral de cavaleiros templários.

Um artesão de Sorocaba (SP) chama a atenção por transformar aço em objetos inusitados, como espada viking, escudo e peitoral de cavaleiros templários. Por curiosidade, Pedro Lopes começou na cutelaria 18 anos atrás, e hoje se destaca com prêmios em concursos internacionais. Para ele, cutelaria e cultura são inseparáveis.

A arte de fabricar essas ferramentas é a chamada cutelaria, uma tradição milenar, que tem adeptos por todo o Brasil.

Grão-mestre em taekwondo, Lopes já havia experimentado trabalhos manuais em outros campos, como customização de motos. Mas foi na cutelaria que encontrou uma paixão que mudou o rumo da vida. De uma curiosidade para um hobby, terminou como atividade profissional.

Sem intimidade com a cutelaria, o sorocabano iniciou em 2007 para agradar ao filho e seus amigos, que buscavam na internet por informações sobre uma faca típica do Nepal, a kukri, também chamada de espada gurkha curva.

“Eu nem conhecia os tipos de faca, nada. Um amigo do meu filho falou que gostaria de uma kukri, mas era cara, algo como R$ 1,6 mil. E eu falei que conseguia fazer uma dessas. Assim eu comecei, por mera curiosidade”, conta o artesão.

Lopes passou a confeccionar de facas simples a armas históricas, como alabardas, espadas vikings e templárias. Seu interesse vai além da técnica: envolve pesquisa sobre simbolismos, gravações e aspectos culturais, que ele busca em livros, vídeos e na internet.

O cuteleiro não se limita a um único estilo, preferindo a diversidade. Trabalha com materiais variados, que vão dos metais a madeiras nobres e resinas, até marfim de mamute extraído de geleiras, conforme conta. Essa ousadia o levou a participar de feiras e eventos internacionais, como na Argentina, em 2015, onde recebeu prêmios. Suas peças foram avaliadas por nomes de renome mundial na cutelaria, como o norte-americano Jerry Fisk e o russo Zaza Revishvili.

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