Última atualização 05/03/2018 | 09:34
Para a delegada, as mulheres estão quebrando preconceitos institucionais mostrando, na prática, seu potencial, dinamismo, severidade e delicadeza. “Meu objetivo é agir com severidade no enfrentamento à criminalidade, sem perder a sensibilidade que é inerente à mulher, para resolver o problema do cidadão”, avaliou.
De acordo com o novo delegado-geral da Polícia Civil, André Fernandes, a indicação de Cybelle ao cargo foi motivada, principalmente, pela atuação de destaque na condução de investigações e elucidação de crimes na Central de Flagrantes do 4º DP de Aparecida, onde atuou por 10 anos e pelo comprometimento em defesa das mulheres aparecidenses enquanto delegada titular da DEAM. “A Cybelle conhece bem a cidade e tem experiência na atuação policial contra a criminalidade. Certamente, esse perfil foi determinante para que ele assumisse a regional”, ressaltou o delegado-geral da Polícia Civil durante o evento de posse.
Esta não é a primeira vez que Cybelle quebra tabu e desconstrói paradigmas e preconceito em relação ao potencial e representatividade da mulher na sociedade goiana. O primeiro desafio foi levou a força, a delicadeza e o potencial da mulher no cenário político de Goiás, que ficou 28 anos sem nenhuma mulher no parlamento da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia. “Estou acostumada com desafios e adversidades, mas certamente, este é o maior desafio da carreira na corporação, e é também a realização de um sonho. Um comando desafiador!”
Há 13 anos de corporação, a delegada se diz que comandar uma DRP é a realização de um sonho, mas reconhece os desafios de coordenar e comandar 14 delegacias e pelo menos, 140 policiais. Cybelle afirma que o objetivo é intensificar a repressão ao tráfico de drogas, é a principal meta. “Quero aproximar a Polícia Civil da sociedade, valorizar e motivar policiais, garantir condições de trabalho que aumente o desempenho das missões e reduza os índices de criminalidade. Combater o tráfico significa redução de furtos, roubos e homicídios”.
Legado
Em um ano à frente da DEAM de Aparecida, a delegada Cybelle Tristão intensificou o trabalho de proteção e valorização da mulher vítima da violência doméstica. A exemplo da “Patrulha Maria da Penha”, que garante acompanhamento na execução de medidas protetivas, em parceria com a Polícia Militar e Guarda Municipal. “O número de denúncias aumentou gradativamente na DEAM. Atualmente, 15 mulheres são atendidas por dia”, relatou. As solicitações de medidas protetivas variam de cinco a oito por dia. “Apesar do auto descumprimento das medidas, as mulheres estão mais encorajadas em denunciar o companheiro agressor”, revelou a delegada. Outra iniciativa da ex-titular da DEAM de Aparecida é o projeto “OAB em Defesa das Mulheres”, que garante apoio jurídico à vítima de violência sexual, doméstica e social, com especialistas em direito criminal, cível e de família.
Patrícia Santana
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