Cybelle Tristão assume regional da Polícia Civil

A delegada da Polícia Civil, Cybelle Tristão é a primeira mulher a assumir o comando de uma Delegacia Regional de Polícia (DRP) nos últimos 20 anos. A ex-titular da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), de Aparecida de Goiânia, foi empossada como comandante da 2º DRP na última quinta-feira, 1. Além de Aparecida, Cybelle gerencia e comanda a corporação em mais 14 municípios: Abadia de Goiás, Campestre, Nazário, Nova Fátima, Caldazinha, Aragoiânia, Bela Vista, Bonfinópolis, Guapó, Hidrolândia, Senador Canedo, Professor Jamil, Trindade e Varjão.

Para a delegada, as mulheres estão quebrando preconceitos institucionais mostrando, na prática, seu potencial, dinamismo, severidade e delicadeza. “Meu objetivo é agir com severidade no enfrentamento à criminalidade, sem perder a sensibilidade que é inerente à mulher, para resolver o problema do cidadão”, avaliou.

De acordo com o novo delegado-geral da Polícia Civil, André Fernandes, a indicação de Cybelle ao cargo foi motivada, principalmente, pela atuação de destaque na condução de investigações e elucidação de crimes na Central de Flagrantes do 4º DP de Aparecida, onde atuou por 10 anos e pelo comprometimento em defesa das mulheres aparecidenses enquanto delegada titular da DEAM. “A Cybelle conhece bem a cidade e tem experiência na atuação policial contra a criminalidade. Certamente, esse perfil foi determinante para que ele assumisse a regional”, ressaltou o delegado-geral da Polícia Civil durante o evento de posse.

Esta não é a primeira vez que Cybelle quebra tabu e desconstrói paradigmas e preconceito em relação ao potencial e representatividade da mulher na sociedade goiana. O primeiro desafio foi levou a força, a delicadeza e o potencial da mulher no cenário político de Goiás, que ficou 28 anos sem nenhuma mulher no parlamento da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia. “Estou acostumada com desafios e adversidades, mas certamente, este é o maior desafio da carreira na corporação, e é também a realização de um sonho. Um comando desafiador!”

Há 13 anos de corporação, a delegada se diz que comandar uma DRP é a realização de um sonho, mas reconhece os desafios de coordenar e comandar 14 delegacias e pelo menos, 140 policiais. Cybelle afirma que o objetivo é intensificar a repressão ao tráfico de drogas, é a principal meta. “Quero aproximar a Polícia Civil da sociedade, valorizar e motivar policiais, garantir condições de trabalho que aumente o desempenho das missões e reduza os índices de criminalidade. Combater o tráfico significa redução de furtos, roubos e homicídios”.

Legado

Em um ano à frente da DEAM de Aparecida, a delegada Cybelle Tristão intensificou o trabalho de proteção e valorização da mulher vítima da violência doméstica. A exemplo da “Patrulha Maria da Penha”, que garante acompanhamento na execução de medidas protetivas, em parceria com a Polícia Militar e Guarda Municipal. “O número de denúncias aumentou gradativamente na DEAM. Atualmente, 15 mulheres são atendidas por dia”, relatou. As solicitações de medidas protetivas variam de cinco a oito por dia. “Apesar do auto descumprimento das medidas, as mulheres estão mais encorajadas em denunciar o companheiro agressor”, revelou a delegada. Outra iniciativa da ex-titular da DEAM de Aparecida é o projeto “OAB em Defesa das Mulheres”, que garante apoio jurídico à vítima de violência sexual, doméstica e social, com especialistas em direito criminal, cível e de família.

Patrícia Santana

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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