Daki: cooperativa goiana lança aplicativo mais seguro e sem cancelamentos

Daki: cooperativa goiana lança aplicativo mais seguro e sem cancelamentos

A Cooperativa de Transporte de Passageiros Privado de Goiás (Coopgo) prepara-se para lançar nas próximas semanas, em Goiânia, o aplicativo de transporte Daki. A plataforma promete aos usuários corridas sem cancelamento, maior segurança e suporte humanizado, além de preços mais competitivos.

O serviço já está em operação, em fase de testes e ajustes. Conta atualmente com 150 motoristas cadastrados na capital, mas a meta é chegar a mais de mil. A cooperativa vai concorrer diretamente com grandes plataformas, como Uber e 99, entre outras.

Primeira empresa incubada pelo Sistema OCB/GO, a Coopgo nasce com amplo potencial: em Goiás, existem atualmente cerca de 40 mil motoristas de transporte por aplicativo, conforme dados do IBGE, dos quais 18 mil atuam em Goiânia e Região Metropolitana. Segundo o presidente da Coopgo, Marcelo Conrado, cerca de 200 mil pessoas utilizam diariamente esse tipo de transporte no Estado.

“Os motoristas de aplicativo rodam, em média, 200 quilômetros por dia, com consumo mensal de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil de combustível. Além disso, movimentam a indústria, o setor de serviços e peças para veículos, o que inclui manutenção e seguros, dentre outros. Ou seja: movimentam aproximadamente R$ 3 bilhões por ano no nosso Estado”, afirma o presidente da cooperativa.

Diferenciais

Marcelo Conrado reitera que, apesar de oferecer vantagens importantes para os seus usuários, o maior diferencial da plataforma é ser uma cooperativa. Os motoristas são os donos da empresa e o lucro, ao invés de ser direcionado para outros países, fica com os cooperados, fortalecendo a economia local.

“Apenas os custos operacionais, que correspondem a cerca de 15%, vão para a cooperativa”, explica o dirigente. Atualmente, segundo Marcelo, de todo o valor arrecadado por um motorista em uma corrida por aplicativo, em média a Uber fica com 42% e a 99, com 35%. Já no Daki, será cobrada uma taxa de 15%, que inclui o recolhimento de INSS dos motoristas cooperados e o Imposto sobre Serviços (ISS).

O presidente da cooperativa explica que os próprios motoristas definem, em assembleia, o valor que vão receber. “Nós determinamos que o valor mínimo da corrida é de R$ 2 por quilômetro, o que nos possibilita oferecer um preço competitivo pelo serviço”, frisa.

Presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira destaca a importância dos motoristas que trabalham em aplicativos de transporte organizarem-se em forma de cooperativa. “Como as cooperativas não visam lucro, os cooperados, nesse caso os motoristas, podem ser mais bem remunerados e os resultados são distribuídos de forma igualitária”, afirma.

O dirigente ressalta que desde o início da cooperativa, em 2021, o Sistema OCB/GO deu apoio para a sua constituição e desenvolvimento. “Continuaremos dando o apoio necessário para que a Coopgo possa concorrer e se estabelecer no mercado”, afirma Luís Alberto.

A cooperativa conta atualmente com 150 cooperados, mas cerca de 1,2 mil motoristas já manifestaram interesse em aderir à iniciativa. A ideia é aumentar aos poucos o número de motoristas, para que haja equilíbrio em relação ao número de passageiros, explica o dirigente.

Os motoristas cooperados passam por um processo de seleção, qualificação e verificação dos antecedentes criminais, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Esses cuidados, enfatiza Marcelo Conrado, fazem do Daki o mais seguro entre todos os aplicativos disponíveis no mercado.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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