Por que Dalton Trevisan era conhecido como o ‘Vampiro de Curitiba’
Escritor morreu aos 99 anos, na segunda-feira (9), e era conhecido por ser
avesso a aparições públicas.
Escritor curitibano Dalton Trevisan será homenageado no 1º Festival da
Palavra de Curitiba — Foto: Divulgação/Prefeitura
O escritor Dalton Trevisan, que morreu aos 99 anos na segunda-feira (9), era conhecido por levar uma vida extremamente reservada na capital paranaense. O apelido de “Vampiro de Curitiba” surgiu por causa de uma de suas obras mais famosas de mesmo nome, lançado em 1965. Dalton era avesso a aparições públicas, evitava entrevistas e fotografias.
A imagem discreta e a ajuda da imprensa contribuíram para que o apelido ganhasse
força, assim, os leitores não saberiam ao certo diferenciar o conto da história
do autor.
Aramis Chain, dono de livraria, em entrevista à RPC, contou que Dalton frequentava o local e pedia discrição sobre a presença dele. Ele lembra que, quando pessoas o abordavam, o escritor ficava aborrecido.
> “Ninguém conhece o vampiro e por isso que ele é chamado ‘Vampiro de Curitiba’. Eu respeito o modo dele ficar recluso nesse sentido, então não me permito, e ele também me pediu para não falar sobre a vida dele.”
Por ser discreto, foram poucos os momentos em que Dalton foi visto pelas ruas curitibanas. Veja registro raro do escritor mais abaixo.
Aramis Chain, dono de livraria que Dalton Trevisan frequentava em
Curitiba. — Foto: RPC
VIDA NA CAPITAL PARANAENSE
Até meados de 2021, Dalton morou em uma casa em Curitiba, que se tornou ponto turístico para os apaixonados por literatura, localizada na esquina das ruas Ubaldino do Amaral e Amintas de Barros, no bairro Alto da Glória.
Por questões de segurança e também de saúde, o escritor se mudou para um
apartamento, no Centro.
Em uma das raras aparições, a fotografia tirada em 2007 pelo fotógrafo Alberto Viana, mostra o paranaense caminhando na Rua XV de Novembro, no Centro de Curitiba.
Dalton Trevisan: veja uma das únicas fotos do escritor paranaense que venceu
Prêmio Camões — Foto: Foto cedida/Alberto Viana
OBRAS
Apesar de “O Vampiro de Curitiba” ter dado origem ao apelido, Trevisan começou a
carreira literária com a novela “Sonata ao Luar” e ganhou destaque nacional com
“Novelas nada exemplares”.
Destacam-se também “Ah, é?”, “A Guerra Conjugal”, “A Polaquinha”, “Arara
Bêbada”, “111 Ais”, “Pico na Veia” e “O Anão e a Ninfeta”, lançado em 2011.
O escritor recebeu vários prêmios importantes, como o Jabuti e o Camões,
considerados os mais renomados para os autores em língua portuguesa.
Dalton Trevisan é reconhecido por obras publicadas e por perfil
reservado. — Foto: Giuliano Gomes/PR Press
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