Última atualização 27/08/2018 | 17:29
“O Estado não age como parceiro dos municípios. Hoje delega o atendimento primário e secundário aos municípios, que também estão em situação fiscal grave”, afirmou. “Nós vamos fazer com que os municípios recebam a participação efetiva do Estado, que voltará a ser o formulador das políticas públicas para a saúde”
O candidato a governador pela Coligação “Novas Ideias, Novo Goiás” (MDB, PP, PRB e PHS), Daniel Vilela (MDB), destacou no primeiro debate entre os governadoriáveis, realizado no início da tarde desta segunda-feira (27), na Rádio Interativa FM. O emedebista mostrou conhecimento dos problemas de Goiás, apontou soluções e projetos, e confrontou diretamente os dois principais adversários, Ronaldo Caiado (DEM) e José Eliton (PSDB), amigos e aliados até pouco tempo atrás.
“Nos temos a oportunidade de trilharmos dois caminhos: continuar como está ou mudar. Se quiser continuar, o Caiado e o Zé Eliton são a mesma coisa: um é o criador e o outro é a criatura. Se quiser mudar, entendo que o nosso projeto é a profunda renovação das práticas políticas e administrativas do nosso Estado”, afirmou. Daniel referia-se ao fato de Caiado ser o criador político de Eliton, ao indicá-lo para ser candidato a vice-governador na chapa de Marconi Perillo (PSDB) em 2010. Na época, Caiado e seu partido integravam o governo Alcides Rodrigues, mas ele preferiu se aliar novamente a Marconi, negando apoio à candidatura de Vanderlan Cardoso, e mantendo-se como adversário do MDB, que tinha Iris Rezende como candidato.
No debate, Daniel questionou Caiado sobre ações para equilibrar as conta do Estado e apontou que, ao participar de 16 dos 20 anos do atual governo, o senador “se esqueceu” de apontar os problemas. O emedebista lembrou que relatou ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) o desequilíbrio financeiro do Estado, o que originou manifestação do órgão apontando para o risco de atraso do pagamento do funcionalismo devido à má gestão capitaneada por Zé Eliton. O candidato do MDB também falou de suas ideias para a saúde. “O Estado não age como parceiro dos municípios. Hoje delega o atendimento primário e secundário aos municípios, que também estão em situação fiscal grave”, afirmou. “Nós vamos fazer com que os municípios recebam a participação efetiva do Estado, que voltará a ser o formulador das políticas públicas para a saúde”. O candidato lembrou que o atual governo tem atrasado repasses obrigatórios aos municípios, o que piora ainda mais o atendimento à população. “Vamos promover integração com clínicas populares para que o cidadão tenha condição de ser atendido mais próximo de casa e com maior agilidade”.
Quanto o assunto foi desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal, região visitada por Daniel no último domingo, ele defendeu a conclusão imediata das obras inacabadas e a criação de um plano de desenvolvimento que seja, de fato, aplicado. “Vamos concluir, assim que assumirmos o governo, todas as obras inacabadas no Entorno e em seguida criar um plano de desenvolvimento regional”, afirmou, complementando que consta no seu plano de governo lançar novas obras somente após concluir as que estão paralisadas.