Daniel Vilela articula conclusão de obras viárias em Goiás

O vice-governador Daniel Vilela se reuniu com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e apresentou demandas do Governo de Goiás para a melhoria da infraestrutura. Também participaram da agenda os presidentes da Agehab, Pedro Sales, e da Goinfra, Lucas Vissotto

O vice-governador de Goiás, Daniel Vilela, se reuniu com o ministro dos Transportes, Renan Filho, nesta quinta-feira,12, em Brasília, quando apresentou demandas do Governo de Goiás para a melhoria da infraestrutura rodoviária do estado. Trataram, principalmente, dos problemas que envolvem o Anel Viário da região Metropolitana de Goiânia; da interrupção das obras do Anel Viário de Jataí; da entrega do Anel Viário de Aragarças e também de processo de federalização de trechos das rodovias GO-070, GO-118 e GO-108/GO-236.

Os presidentes da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Pedro Sales, e da Agência Goiana de Infraestrutura e Obras (Goinfra), Lucas Vissotto, também participaram da agenda no Ministério dos Transportes. Renan Filho, por sua vez, se fez acompanhar por técnicos do ministério.

O vice-governador destacou ao ministro a importância da finalização do Anel Viário da região Metropolitana, que se encontra paralisado há seis anos por problemas gerados com a concessão, por parte do Governo Federal, da BR-153 à empresa Triunfo Concebra, que deixou de executar inúmeras obras previstas para esta via.

“Não podemos mais adiar a resolução desse problema, pois o trecho é todo urbano, já que passa por Goiânia e Aparecida de Goiânia, e gera transtornos para o trânsito da região. A BR está intransitável e representa perigo, inclusive de morte, para a população local”, pontuou Daniel Vilela.

O ministro Renan Filho sinalizou que esta questão deve ser resolvida com celeridade a partir da reunião que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá com governadores de todo país no dia 27 de janeiro. A partir desta data, o Governo Federal deve priorizar esforços e recursos em pelo menos três grandes obras de cada estado – uma na área da Infraestrutura, outra na Educação e a terceira na Saúde. Ainda assim, o ministro, que tinha reunião agendada com Lula para às 15 horas desta quinta-feira, garantiu que anteciparia os pleitos de Goiás.

Região Sudoeste

Quanto ao Anel Viário de Jataí, Daniel Vilela, Pedro Sales e Lucas Vissotto reforçaram a Renan Filho que se trata de uma obra de suma importância para a região Sudoeste de Goiás. “Está praticamente pronto, basta correção de problema estrutural que pode ser sanado em 90 dias”, explicou o vice-governador.

O ministro explicou que a obra será colocada como prioridade para entrega nos primeiros 100 dias do governo Lula. Além disso, Renan Filho destacou que o Anel Viário de Aragarças, no Vale do Araguaia, também está no radar do Governo Federal e deve avançar.“A finalização de obras paralisadas é uma das nossas prioridades. Não vejo como difícil resolver as demandas de Goiás. Pelo contrário. Conte comigo, as portas do ministério estão sempre abertas”, garantiu o ministro.

Federalizações

Entre as demandas apresentadas pela comitiva goiana, também está a federalização das rodovias GO-070, GO-118 e GO-108/GO-236. De acordo com Pedro Sales, que foi presidente da Goinfra e que agora responde pela Agehab, todas são trechos que se interligam com rodovias federais, o que justificaria a futura gestão pelo Governo Federal.

“O governador Ronaldo Caiado já tinha uma demanda com o Departamento Nacional de Trânsito (Dnit) neste sentido e trouxemos algumas propostas de federalizações, de rodovias que são estaduais e passariam a federais. Mostramos preocupações com algumas obras que precisam ser retomadas. O ministro conheceu o panorama de Goiás”, explicou Pedro Sales.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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