Daniel Vilela enfatiza importância do Sistema Ferroviário Estadual

Nesta segunda-feira, 23, ele participou de reunião na sede da Goinfra, onde se inteirou do projeto que prevê a implantação de ramais ferroviários em regiões produtoras de grãos e minérios( Fotos: Wildes Barbosa (Goinfra) e André Costa (Secretaria de Economia)

Em reunião de trabalho realizada nesta segunda-feira, 23, na sede da Agência Goiana de Instraestrutura e Transportes (Goinfra), o vice-governador Daniel Vilela inteirou-se do programa de implantação do Sistema Ferroviário Estadual em Goiás, apresentado a ele e a representantes dos setores do agronegócio, indústria e logística pelo presidente do órgão, Lucas Vissoto.

Entre os temas discutidos estava a proposta de construção de ramais ligando regiões produtoras de grãos (Sudoeste), com grande concentração de indústrias (Sudeste) e mineração (Norte) às ferrovias Norte-Sul e Centro-Atlântica.

Daniel Vilela disse que o projeto para as ferrovias tem seu apoio.

“Essa reunião de início dos trabalhos mostra a ousadia que precisamos ter – e o Governo de Goiás tem – para desenvolver ainda mais nossas potencialidades”, afirmou.

A ideia é instituir o programa, por meio de lei, a exemplo do que foi feito no estado do Mato Grosso, para oferecer um modal eficiente de transporte da produção goiana. “Este é um debate inicial, depois vamos avançar nos detalhes”, ponderou o vice-governador, acrescentando que sempre defendeu o modelo ferroviário.

Prioridades

Na reunião, Daniel destacou ainda que uma das prioridades do primeiro mandato do governador Ronaldo Caiado foi recuperar os mais de 2 mil quilômetros de rodovias do estado e a construção de outras estradas. “Nossa infraestrutura sempre foi referência. Ainda temos algumas dificuldades com rodovias, mas estamos agindo sem perder tempo para realizar tudo o que é importante”, definiu o vice-governador, afirmando que a intenção do governo é dar celeridade ao projeto do Sistema Ferroviário Estadual.

O prefeito de Jataí, Humberto Machado, que também esteve na Goinfra, destacou o potencial da região Sudoeste, que tem uma das maiores produtividades do país e conta com uma segunda safra também muito forte. “Jataí produz tudo: cana, soja, sorgo, feijão, algodão, milho”, ressaltou o prefeito, falando ainda sobre a proximidade com o município vizinho de Rio Verde. “Somos grandes produtores de grãos”, ponderou, sugerindo que o ramal ferroviário passe perto da cidade de Jataí e ainda que ele seja interligado com o porto de Vitória (ES), em vez de apenas com o de Santos (SP).

Os possíveis traçados das ferrovias foram detalhados pelo diretor de Planejamento da Goinfra, Riumar Santos, que explicou aos participantes que os locais foram prospectados e visitados pelos técnicos. Em sua apresentação, Riumar listou as principais agroindústrias das regiões Sudoeste e Sudeste de Goiás, além das indústrias automotiva e de mineração da região de Catalão, o Porto Seco de Anápolis e ainda os produtores de minérios no Norte do estado (Alto Horizonte, Mara Rosa, Niquelândia, Barro Alto). A ideia, esclareceu Riumar, é fazer ramais passando pela região de Mineiros, Rio Verde e Jataí, no Sul goiano (contemplando as regiões de Itumbiara, Catalão) e no Norte. As sugestões devem ser apresentadas à Diretoria de Planejamento da Goinfra.

Secretaria de Economia

Também nesta segunda-feira, 23, Daniel Vilela realizou uma visita de cortesia à Secretaria de Estado da Economia. A titular da pasta, Cristiane Schmidt, detalhou ao vice-governador o cenário econômico e fiscal de Goiás e ações que foram planejadas para os próximos anos que perpassam pela sua Pasta.

Na ocasião, Schimidt apresentou ainda a estrutura da Secretaria de Economia para o vice-governador. Participaram da reunião a subsecretária do Tesouro Estadual, Selene Peres, o subsecretário da Receita Estadual, Aubirlan Vitoi, o subsecretário de Planejamento e Orçamento, Gilberto Pompilho, a secretária adjunta, Gisele Barreto, o superintendente Financeiro, Wederson Xavier e a superintendente de Orçamento, Kellen Cris Bueno.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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