Daniel Vilela inicia diálogo para instalação de montadora de tratores em Goiás

Daniel Vilela

O vice-governador Daniel Vilela se reuniu com a comitiva de executivos representantes da YTO Group Corporation – empresa que figura entre as maiores no mercado global de máquinas agrícolas e de construção. O encontro, realizado nesta segunda-feira, 24, abriu o diálogo sobre o projeto de implantação de uma unidade da montadora em Goiás.

Na reunião, a empresa chinesa manifestou o interesse de instalar uma de suas plantas de produção de tratores no Brasil. Os executivos reconheceram o potencial de Goiás em sediar essa fábrica, cujo projeto prevê a instalação em Aparecida de Goiânia.

O diretor comercial para Américas da YTO International, Wang Hui, falou do momento estratégico para as relações sino-brasileiras.

“A parceria de China e Brasil vive uma fase auspiciosa, com a recente visita do presidente brasileiro à China. Temos certeza que é um momento muito benéfico para negócios na área de infraestrutura e sobretudo para o agronegócio”, afirmou Wang Hui.

A reunião foi uma oportunidade para que o vice-governador Daniel Vilela defendesse as vantagens estratégicas de Goiás para instalação da fábrica. Ele apontou características como a localização geográfica, liderança nacional de produtividade agropecuária, logística para a expansão de negócios na América Latina e no Brasil. “O Governo de Goiás se coloca com todas as credenciais para apresentar o que pode ser oferecido de nossa parte. Nosso intuito é estreitar o relacionamento para que se faça a antecipação da instalação da YTO em Goiás”, concluiu.

A Comazi, empresa instalada em Aparecida de Goiânia, é a primeira empresa brasileira a importar os tratores chineses da marca YTO. As máquinas chegam no Porto Seco de Vitória (ES) e são transportadas para Aparecida de Goiânia. A expectativa é atender produtores rurais de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e outros estados conhecidos pelo potencial agropecuário.

Participaram da reunião, no gabinete da vice-governadoria, a comitiva de executivos da YTO liderada pelo diretor comercial para Américas da YTO International, Wang Hui, o empresário Osvaldo Zilli, revendedor da YTO no Brasil, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano e o deputado estadual Veter Martins.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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