Daniel Vilela será vice de Caiado

Em entrevista ao site Diário de Goiás, o prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves, defendeu a aliança do MDB com o governador Caiado em 2022.  “Os prefeitos vão solicitar um compromisso de termos participação na chapa majoritária com o vice Daniel Vilela e o senador Luiz do Carmo na chapa majoritária. Essa é a vontade dos 27 prefeitos que subscreveram essa carta”, destacou Naves.

De acordo com o site, os prefeitos elogiam a condução de Caiado frente a pandemia, além de avaliarem que o democrata pegou um estado cheio de dívidas e conseguiu recuperá-lo. Há também o sentimento de que o momento é diferente do de 2018 quando o próprio Haroldo apoiou Daniel Vilela em oposição ao então senador da República.

“Agora, nesse momento a gente tem que ter uma visão macro da política, largar as vaidades pessoais e pensar no estado e compor essa aliança com o governador que nesses 30 meses pegou o estado com muita dificuldade e colocou em ordem. Ele tem condições de pegar esses próximos 18 meses, fazer um mandato bom e nos próximos 4 anos fazer um candidato eficiente”, ponderou.

Segundo informações do Goiás 24 horas, apenas caso o partido não entre em consenso com relação ao aceno à chapa com o Democratas, a legenda irá seguir rumo solo nas eleições em 2022 com candidato próprio. O prefeito de Campos Verdes diz que Caiado tem acentuado conversas com Daniel Vilela e em breve a proposta do MDB será entregue ao democrata.

Antes da formalização da união, porém, Naves destaca que o partido deve ‘buscar a união’ e resolver divergências, sem mencionar o nome do prefeito Gustavo Mendanha, que defende uma candidatura própria do MDB. “Logicamente nós temos um caminho a percorrer ainda e tempo para, inclusive, resolver algumas divergências que houver dentro do partido e ter a unidade do partido.”

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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