O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, comentou nesta quarta-feira (09) sobre a concessão da data-base aos servidores municipais. Durante inauguração de um shopping na Avenida Bernardo Sayão, no setor Marechal Rondon, Iris afirmou que é inquestionável o direito ao benefício, mas é fundamental que se atue com responsabilidade para que em relação às finanças obras e serviços essenciais prestados a população.
“A intenção é reequilibrar as finanças do município, para então conceder aos nossos trabalhadores aquilo que lhes é de direito”, enfatizou. O prefeito declarou que assumiu a prefeitura com dívidas imediatas de mais de R$ 600 milhões e um déficit mensal de caixa na ordem de R$ 31 milhões, além de uma folha de pagamento da saúde em atraso e que apesar disso manteve a máquina funcionando e os salários em dia.
“Com toda essa dificuldade, já vencemos sete meses de administração e não atrasamos o salário um dia sequer, de forma que nós precisamos esperar que a prefeitura tenha, realmente, condições de cumprir com as obrigações com nossos servidores, porque sem eles a máquina não funciona, e, obviamente, com o povo que está à espera de realizações na área da saúde, da educação e de obras essenciais em todas as áreas da administração municipal”, alegou.
O resultado fiscal do último ano da gestão anterior anotou um rombo de mais de R$ 600 milhões em dívidas imediatas. A conta Caixa, por exemplo, fechou com saldo negativo em mais de R$ 360 milhões, e chegaria a R$ 420 milhões negativos se fossem computados os restos a pagar não processados do exercício.
Além disso, o déficit mensal da prefeitura, representado pela diferença do que se arrecada e o que se gasta mensalmente, era de R$ 31 milhões. Tudo isso foi agravado pelo fato de que uma folha da saúde estava em aberto, o que obrigou o dispêndio imediato de algo em torno de R$ 40 milhões logo no início da gestão, frisando que o recolhimento do ISS, que é feito normalmente até o dia 10 do mês subsequente ao vencido, foi antecipado por aquela gestão para o dia 28 de dezembro, logo esses recursos, coisa de R$ 19 milhões, não puderam ser usados pela atual administração.
A Data Base repõe as perdas inflacionárias dos últimos 12 meses. A correção deveria ter sido paga em maio, porém a prefeitura ainda não estipulou prazo para o pagamento. Na última segunda-feira (07), o vereador Elias Vaz (PSB) protocolou no Ministério Público de Goiás (MP-GO) complemento de representação feita no dia 6 de junho, em que reclama a ausência de pagamento da data-base. Nesta ação, Vaz pede que o MP investigue a falta da correção inflacionária por parte do Executivo.
Com informações da Prefeitura de Goiânia