Datafolha: Baixa popularidade de Bolsonaro reflete na preferência do público

datafolha3A-baixa-popularidade-de-bolsonaro-reflete-na-preferencia-do-publico

A nova rodada do Datafolha divulgada neste sábado revela a fragmentação da direita e o desafio da família Bolsonaro para reorganizar seu espaço político após a inelegibilidade do ex-presidente. Dos entrevistados, apenas 8% apontam Flávio Bolsonaro como o nome ideal para receber a indicação do pai, bem menos do que Michelle Bolsonaro, com 22%, e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com 20%. Os dados foram coletados antes do anúncio de Flávio, na sexta-feira (5), de que irá disputar a Presidência.

A pesquisa mostrou estabilidade em relação à anterior, com Michelle mantendo 22% de menções e Tarcísio com 20%. Ratinho Jr. subiu de 10% para 12%, Eduardo Bolsonaro caiu de 11% para 9% e Flávio oscilou de 9% para 8%. Ronaldo Caiado tem 6% e Romeu Zema recuou de 5% para 4%. O levantamento aponta o enfraquecimento do selo de Bolsonaro como ativo eleitoral, com metade dos entrevistados afirmando que nunca votariam em um candidato indicado por ele.

A pesquisa espontânea mostra que mesmo inelegível até 2060, Bolsonaro ainda é lembrado por 7% dos entrevistados, atrás apenas de Lula, que lidera com 24%. Tarcísio e Ratinho Jr. completam o grupo mais lembrado. Entre os eleitores bolsonaristas, Michelle é a mais forte, com 35% a apontando como sucessora natural, seguida por Tarcísio com 30%. Eduardo Bolsonaro tem 14% e Flávio apenas 9%.

O Datafolha entrevistou 2.002 pessoas entre 2 e 4 de dezembro, em 147 municípios do país, com margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. A pesquisa revela a dificuldade em construir consenso interno na direita, enquanto a esquerda mantém foco em Lula.

Box de Notícias Centralizado

🔔 Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram e no WhatsApp