Última atualização 04/06/2022 | 17:27
Em ano eleitoral, pesquisa do Datafolha divulgada neste sábado, 4, mostra que a identificação dos brasileiros com a esquerda cresceu e atingiu o maior patamar desde 2013, quando o levantamento começou a ser feito. Segundo a pesquisa, 43% da população afirmou se identificar com a esquerda e centro-esquerda. Outros 34% se alinham com direita e centro-direita.
Ainda de acordo com o levantamento do Datafolha, brasileiros que se simpatizam com o centro somam 17%. Na última pesquisa com esse questionamento, realizada em 2017, os números eram mais próximos uns dos outros. O espectro ideológico da esquerda atraia 41% da população. Já a direita, tinha 40%. Atualmente, 34% se identificam com este espectro ideológico, sendo 9% de direita e 24% de centro-direita
O Datafolha ouviu 2.556 brasileiros acima dos 16 anos, em 181 cidades do país. Para chegar ao resultado, o levantamento perguntou sobre temas como economia, porte de armas, homossexualidade, migração, impostos e legalização das drogas.
Perguntas do Datafolha
Sobre a pena de morte, por exemplo, 61% acham que não cabe à Justiça matar uma pessoa, mesmo que ela tenha cometido um crime grave. Em 2017, o percentual era de 55%.
Além disso, o número de pessoas que defendem que jovens infratores devem ser reeducados cresceu. Em 2017, o total era de 25% e passou para 34% na última pesquisa do instituto. O percentual de quem defende que eles sejam punidos como adultos totaliza 65%, contra 73% da pesquisa anterior.
Já no campo econômico, 71% dos entrevistados acham que o governo deve ajudar grandes empresas nacionais em risco de falência. Em 2017, eram 63% com esta opinião. Sobre direitos garantidos pelo Estado, houve uma pergunta sobre o brasileiro preferir pagar mais impostos e receber mais serviços gratuitos de saúde e educação. Nesta, 48% responderam que sim. O percentual era de 43% na análise anterior.
Por outro lado, a opinião de que empresas privadas devem ser as maiores responsáveis por investir no país e promover o crescimento da economia ganhou espaço, segundo o Datafolha. Foram 24% de respostas favoráveis, um aumento de 4% em relação a 2017. A quantidade de eleitores que atribuíram o papel ao governo caiu de 76% para 72%.