Datafolha: mais da metade dos brasileiros quer Bolsonaro inelegível

Datafolha: mais da metade dos brasileiros querem Bolsonaro inelegível

De acordo com a pesquisa Datafolha do último final de semana, 51% dos brasileiros querem Bolsonaro inelegível. O levantamento teve como base entrevistas presenciais com 2.028 pessoas, de 16 anos ou mais, em 126 municípios de todas as cinco regiões do Brasil, entre 29 e 30 de março. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, com 95% de confiabilidade.

A popularidade de Bolsonaro

Eleito com 55,13% dos votos no segundo turno das Eleições de 2018, Jair Bolsonaro viu sua popularidade cair nas Eleições de 2022, ao conseguir 49,10% dos votos e sofrer a derrota perante Lula. Além disso, segundo o Datafolha, mais da metade da população acredita que ele deveria ficar inelegível por oito anos.

O motivo por trás disso seria principalmente a campanha intensa do ex-presidente contra as urnas eletrônicas. Cerca de 45% acreditam que a Justiça Eleitoral não deveria condená-lo, e 4% não souberam responder. A pesquisa Datafolha aponta que os mais ricos tendem a defender Bolsonaro, enquanto mulheres e pobres são mais contundentes quanto à inegibilidade do ex-parlamentar.

Recentemente, uma pesquisa Ipec avaliou a popularidade do atual presidente Lula. Nos três primeiros meses de governo, o petista conseguiu chegar a 41% de aprovação. Já Bolsonaro, durante o seu mandato, alcançou apenas 34% de aprovação da população.

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CNJ investiga juízes que jantaram com empresário Luciano Hang

CNJ Investigação: Juízes e Luciano Hang - Conflito de Interesses em Foco

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou uma investigação preliminar envolvendo juízes de Santa Catarina que participaram de um jantar com o empresário Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan. O jantar aconteceu em 16 de dezembro em Brusque, no interior de Santa Catarina, na inauguração da Casa Renaux.

A investigação, coordenada por Mauro Marques, surgiu devido a preocupações sobre potenciais conflitos de interesses, especialmente considerando que alguns desses juízes, como Saul Steil e Jairo Fernandes Gonçalves, são relatores de processos em que Luciano Hang é parte ou estão envolvidos em colegiados que julgarão ações relacionadas ao empresário.

Além disso, também estava presente a desembargadora Haidée Grin, que foi relatora de um recurso interposto por um professor que já foi condenado a pagar R$ 20 mil ao empresário.

Em nota, o Tribunal de Santa Cantarina informou que “o princípio da independência funcional garante aos magistrados a autonomia e a imparcialidade necessárias ao exercício de suas funções”.

Interesses

Luciano Hang é alvo de vários processos judiciais, e a participação de desembargadores em um jantar promovido por ele levantou questionamentos sobre a imparcialidade e a ética dos magistrados. Quatro dos desembargadores presentes no jantar são responsáveis por relatar processos ou integrar colegiados que irão julgar ações envolvendo o empresário.

A investigação do CNJ visa esclarecer se houve qualquer violação de normas éticas ou de conduta pelos juízes envolvidos. A entidade está atenta para garantir a transparência e a integridade do sistema judiciário, especialmente em casos onde a imparcialidade dos juízes pode ser questionada.

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