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Datafolha: Para 70% dos brasileiros, há corrupção no governo

Levantamento feito pelo Instituto Datafolha e divulgado neste domingo (11) pelo site do jornal “Folha de S. Paulo” aponta que, para 70% dos brasileiros, há corrupção no governo Jair Bolsonaro.

A pesquisa ouviu 2.074 pessoas com mais de 16 anos, nos dias 7 e 8 de julho. Foram entrevistadas pessoas acima de 16 anos. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Já 64% acham que o presidente sabia de irregulares na pasta, 25% acreditam que não e 11% dos entrevistados não opinaram.

Entre os que acreditam que o presidente tinha conhecimento sobre a existência de corrupção na pasta, 72% possuem entre 16 a 24 anos, 71% são nordestinos. Com relação àqueles que acham que o presidente não sabia, 36% ganham entre 5 e 10 salários mínimos e 44% são empresários.

Ainda, segundo a pesquisa, os entrevistados que mais acreditam que há corrupção na gestão do presidente Jair Bolsonaro, são: mulheres (74%), jovens (78%), moradores do Nordeste (78%) e pessoas que reprovam o governo (92%).

Entre os empresários ouvidos, 50% acreditam que há malfeitos no governo e 48% discordam.

Com relação ao grupo que acredita que não há corrupção no governo Bolsonaro, 29% têm mais de 60 anos, 31% são moradores das regiões Norte ou Centro-Oeste e 28% são homens.

A pesquisa também abordou a percepção do eleitorado sobre novos casos de corrupção. Para 56%, o problema vai crescer. Outros 26% disseram acreditar que a corrupção vai se manter nos níveis atuais. Para 13%, haverá menos casos de corrupção. Por fim, 5% dos entrevistados são souberam opinar.

A pesquisa questionou ainda sobre investigações específicas envolvendo o governo. Neste caso, 70% disseram estar informados, 22% bem informados, 34% mais ou menos informados e 9% mal informados.

Entre as investigações que envolvem o governo federal, está a que foi aberta pela Procuradoria da República no Distrito Federal para apurar a compra da vacina Covaxin, produzida na Índia..

Em depoimento à Comissão, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, disseram ter relatado ao presidente Jair Bolsonaro as suspeitas envolvendo a compra da vacina.

A CPI da Covid também investiga uma suposta negociação paralela de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, onde o então diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, teria pedido propina de US$ 1 por dose do imunizante.

Entre os entrevistados que declararam estar informados sobre investigações que envolvem o governo, 74% avaliam que o presidente tinha conhecimento de tudo. Entre os defensores do impeachment, esta taxa chega a 89%.

Já no grupo que diz confiar em Bolsonaro, segundo o Datafolha, 71% acreditam que ele não sabia dos problemas.

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